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sábado, 30 de julho de 2011

Doenças pneumocócicas em crianças

Streptococo pneumoniae


São doenças causadas pela bactéria Streptococus pneumoniae (pneumococo) e incluem: meningite, pneumonia, bacteremia e sepse (infecção na corrente sanguínea), sinusite e otite média (infecção do ouvido).

O pneumococo é uma causa muito importante de doenças graves em crianças em todo o mundo, principalmente a sepse, a meningite e a pneumonia. Além disso, é a causa mais freqüente de sinusite e otite média aguda (OMA). Doenças pneumocócicas matam quase 1 milhão de crianças por ano no mundo, 90% delas nos países em desenvolvimento.

No Brasil, a mortalidade por pneumonia quase sempre é devida ao pneumococo, isto é, o pneumococo é a principal causa de morte por pneumonia, principalmente em crianças pequenas.

Não são todas as pneumonias e otites que são causadas pelo pneumococo; outros agentes podem causar, mas o pneumococo é o principal. Em nosso País estima-se que 40% das internações por pneumonia são causadas por pneumococo.

A população de maior risco para doença pneumocócica grave está entre indivíduos com menos de cinco ou mais de 65 anos. Existem outros grupos de risco para doença pneumocócica como crianças com anemia falciforme, pacientes que não têm o baço e pacientes HIV positivos.

Estima-se que o pneumococo seja responsável por 17% a 28% das pneumonias adquiridas na comunidade entre as crianças e por 15% a 35% das otites médias agudas. É mais freqüente nas crianças abaixo de 1 ano, mas também é importante causa de doença nos idosos.

Condições que interferem na imunidade têm grande importância no risco para infecção pneumocócica. Dessa forma, a incidência de doença pneumocócica é elevada nas imunodeficiências; na infecção pelo HIV; nos diabéticos. Nos pacientes que têm predisposição para pneumonias, como os asmáticos, e nos pacientes com doença pulmonar crônica, o risco também é aumentado.

O principal órgão que elimina os pneumococos do sangue é o baço. Assim, pessoas com problemas no baço, como por exemplo pacientes com anemia falciforme e outras doenças do sangue ou que retiraram cirurgicamente o órgão, têm risco aumentado para doença pneumocócica.

A transmissão ocorre de um indivíduo para outro através do contato íntimo, por meio de gotículas de saliva, geralmente associada a aglomerações. Por esta razão, as crianças de creche têm maior risco de adquirir a doença. A transmissão ocorre mais nos meses de inverno e início da primavera. A bactéria pode estar presente na mucosa nasal e na garganta dos indivíduos saudáveis.

O tratamento da doença pneumocócica tem se tornado mais difícil pela crescente resistência à penicilina. Além disso, alguns tipos apresentam resistência a múltiplos antimicrobianos. Por isso a importância da prevenção através da vacina.

As vacinas são substâncias, como toxinas, partes de bactérias ou vírus (que para abreviar são chamados de microbios), ou mesmo vírus e bactérias inteiros, atenuados ou mortos, que ao serem introduzidas no organismo de uma pessoa, causam uma reação do sistema imunológico semelhante à que ocorreria no caso de essa infecção por um determinado microbio. Essa reação produz anticorpos (glóbulos brancos especiais do sangue) que tem a capacidade de combater esse microbio atenuado.Esses anticorpos que foram provocados de uma maneira artificial são as armas que o organismo tem para combater a presença do microbio real da doença que ameaçar invadir o organismo de seu filho. Esse fato permite o organismo ficar imune ou, ao menos mais resistente, a esse microbio (e às doenças por ele provocadas).

Os anticorpos que ficam ligados aos globulos brancos do sangue tem uma vida de alguns anos e depois perdem o seu efeito de proteção, essa é a razão que a maioria das vacinas devem ter doses de reforço, que tambem estão incluidas nos calendarios de vacinação acima referidos.

Essas doses de reforço protegem o organismo da criança desenvolvendo a chamada memória imunológica, que significa que fica mais fácil o reconhecimento pelo organismo do estimulo de uma vacinação anterior.O mesmo ocorre numa possivel futura infecção do microbio especifico da vacina que ja encontra aumentando a eficiência do sistema imune em combatê-lo. O organismo não chega a desenvolver a doença porque o organismo encontra-se protegido.

Fica a noção que um tipo de vacina estimula o sistema imunológico que por sua vez produz anti corpos especificos contra aquela doença , mas não contra todas as doenças. E o organismo tem essa memoria imunologica contra esse microbio especifico que causa uma reação contra o microbio ou parte dele e, quando expostas ao microbio vivo, o organismo já sabe como reagir, livrando as crianças da doença.

As vacinas conhecidas e fornecidas pelos postos de vacinação do Brasil protegem contra as doenças da infancia sarampo, catapora, coqueluche, tetano, variola, paralisia infantil etc.etc Mas a vacina contra doenças pneumocócicas em crianças no Brasil é um pouco mais complexa por isso merece a sua atenção.

A bactéria Streptococcus pneumoniae (abreviada para S. pneumoniae) é reconhecida como a principal causa de doença bacteriana, originando a meningite, pneumonia e otite média aguda , em lactentes e crianças jovens correspondendo a uma idade em que estão mais vulneráveis. Essa bactéria também agride adultos. No mundo, a infecção do S. pneumoniae é estimada que cause entre 700 000 a 1 milhão de mortes anuais.

Devido ao impacto na saúde pública associados com essas doenças e o perfil de segurança e eficácia da vacina pneumocócica, a Organização Mundial da Saúde considera que a introdução desta vacina nos programas nacionais de imunização como uma prioridade de saúde pública.

No Brasil já existe um programa nacional de vacinação pneumocócica conjugada heptavalente - hepta significa sete ou seja essa vacina combate sete cepas (espécies, raças) de S. pneumoniae, mas não todas...

Há muitos anos, esta disponível uma vacina constituída por uma mistura de polissacárides de 23 diferentes sorotipos (cepas ou raças) que representam 85-90% dos sorotipos dos pneumococos responsáveis por doença nos EUA, e pouco mais de 80% no Brasil. Entretanto, a vacina 23-valente, se, por um lado, tem a vantagem de espectro amplo que inclui 23 cepas de penumococos, apresenta a grande desvantagem (característica das vacinas polissacarídicas em geral) de estimular resposta imune de uma espécie de linfócitos que é de curta duração, não havendo, indução adequada da memória imunológica.

Além disso, e, principalmente, crianças com menos de dois anos de idade não respondem adequadamente a essa vacina ao contrário do que ocorre com os outros linfócitos que induzem resposta imune logo após o nascimento, de longa duração e com memória. No caso da vacina polissacarídica contra os pneumococos, isso significa resposta deficiente exatamente na faixa etária de maior risco em adquirir a doença.

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