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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Câncer de mama aumenta em jovens

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) levantou o perfil das mulheres que passaram pelo hospital para tratamento de câncer de mama. Entre as 2.573 pacientes atendidas nos quase três anos de funcionamento da instituição, 15% têm menos de 45 anos. A mais jovem tinha, na época em que recebeu o diagnóstico, apenas 19 anos.

Esse levantamento será feito também para outros tipos de câncer. Mama foi o primeiro justamente porque a incidência está aumentando em mulheres em idade reprodutiva. Alguns defendem que há um aumento real, causado por mudanças de costumes. Outros dizem que os casos estão apenas sendo diagnosticados mais cedo. Os dois fatores pesam.

A grande preocupação é que a detecção da doença nas mulheres jovens é mais difícil. Primeiro porque elas não estão na idade em que exames são feitos rotineiramente e, mesmo quando a mamografia é realizada, a percepção do tumor é mais difícil.

A mulher jovem tem muito tecido glandular e pouca gordura. Isso dificulta a visualização dos sinais precoces do câncer.

Além disso, o câncer de mama na mulher jovem costuma ser mais agressivo. Tem taxa de crescimento maior e mais risco de metástase. Mas a incidência desse tipo de tumor cresce em todas as faixas etárias, não só em mulheres jovens.

Especula-se que a explosão seja consequência da mudança no estilo de vida feminino. No século 19, as mulheres menstruavam mais tarde e logo casavam e tinham filhos. Amamentavam mais tempo e entravam mais cedo na menopausa. A mama passava menos tempo sob o estímulo dos hormônios ovarianos.

Além disso, a entrada no mercado de trabalho deixou a mulher mais predisposta a sofrer de estresse, depressão e ansiedade, fatores que enfraquecem as defesas do organismo contra o câncer.

Especialistas concordam que pouco se pode fazer para evitar o problema. A melhor forma de se proteger e diminuir a mortalidade é o diagnóstico precoce. Não dá para a mulher jogar fora o que conquistou, sair do mercado de trabalho e voltar a ter um filho atrás do outro. Mas dá para detectar o câncer em fase inicial, quando é mais fácil tratar.

Quando o tumor é diagnosticado e tratado quando o nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura chegam a 95%.

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