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sábado, 31 de julho de 2010

Pesquisa vai mapear atendimento de doenças cardíacas no País.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e o Hospital do Coração (HCor) assinaram um acordo na última quarta-feira, em São Paulo, para fazer um mapeamento das doenças cardíacas no País.

O objetivo é traçar o perfil das pessoas que têm ou podem desenvolver uma doença cardíaca e avaliar como é feito o atendimento delas nos ambulatórios e hospitais do Brasil.

O resultado do mapeamento, que será dividido em dois estudos - um para avaliar as síndromes coronarianas agudas e o outro, a prevenção das doenças cardíacas - será divulgado no Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, no segundo semestre de 2011.

Um dos objetivos da pesquisa é entender por que há tanta diferença entre os índices de morte por infarto em um hospital considerado de ponta (que gira em torno de 6%) e o restante do País (16%), por exemplo. Esses dados também poderão ajudar o governo a elaborar políticas públicas de saúde e tratamento e a criar campanhas educativas de prevenção.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Projeto capta dados de neurônios para entender Parkinson.

Um estudo em associação com o Hospital Sírio-Libanês para o estudo da doença de Parkinson começou a ser colocada em prática no fim de maio, com a realização de uma primeira cirurgia em que foram coletados dados do cérebro de uma paciente.

Uma paciente de 64 anos teve eletrodos implantados para estimular os neurônios afetados pela doença - um procedimento já antigo, mas que foi feito com uma nova máquina, capaz de mapear o cérebro e posicionar o eletrodo de forma muito mais precisa. Durante a cirurgia, um outro eletrodo, desenvolvido pela equipe do Hospital, foi usado para gravar dados da atividade cerebral de Regina enquanto ela fazia movimentos com os braços. O mesmo será feito com outros 11 pacientes.

Como se vê as pesquisas sobre a doença não param e acreditamos que em um período de menos de uma década já teremos tratamentos mais eficazes para ela. No mínimo para melhorar muito a qualidade de vida das pessoas portadoras e dos familiares que sofrem com o desenvolvimento dessa doença limitante e "excluidora", já que não tem somente ação sobre os movimentos do doente, mas também acaba por alterar seu comportamento de modo variável, mas podendo ser incapacitante.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Saúde em Sampa

Além de causar destruição e desastres, as mudanças climáticas vão afetar a nossa saúde, quase sempre de maneira negativa. O recém-lançado relatório sobre "Vulnerabilidades das Megacidades Brasileiras às Mudanças Climáticas" traz um resumo detalhado de como será esse impacto para os paulistanos. Embora os pesquisadores não tenham conseguido ainda quantificar os danos, eles desenharam um cenário bem preocupante:

- aumento da concentração de poluentes – a fumaça dos carros e caminhões enche o ar de substâncias tóxicas. Além disso, essas partículas microscópicas flutuando no ar impedem a formação de nuvens e diminuem as chuvas – daí a garoa, que já foi marca registrada da cidade, estar desaparecendo. Sem garoas, o ar não limpa, e a concentração de poluentes aumenta mais ainda. A situação fica crítica nas estações mais frias, quando as condições meteorológicas da cidade impedem que os poluentes se dispersem. A mistura de frio com alta concentração de poluentes é especialmente letal, principalmente para pessoas mais frágeis, como bebês e idosos. Os mais pobres também tendem a ser mais impactados que os mais ricos, porque têm resistência mais baixa e, por usar transporte público, ficam mais expostos aos poluentes. "Quem emite mais é quem é menos impactado", diz Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP. Espera-se que milhares de pessoas a mais morram de pnemonia, bronquite e outras doenças respiratórias (mais sobre poluição e saúde aqui).

- variações bruscas de temperatura – pessoas abaixo dos 5 anos e acima dos 65 são mais vulneráveis a variações de temperatura, quando saem da "zona de conforto térmico". Essa "zona" não é fixa para todos os humanos: depende da temperatura com a qual se está acostumado. Um dos efeitos das mudanças climáticas é que teremos variações mais bruscas e imprevisíveis na temperatura. Isso afeta a arquitetura do sono, desregula a produção de hormônios, afeta a pressão arterial e aumenta o estresse. No limite, pode matar – geralmente por enfarte. A cidade de Santos, a 80 quilômetros de São Paulo, enfrentou em fevereiro uma onda de calor letal: a temperatura chegou a 39 graus e 32 idosos morreram. Espera-se que episódios assim tornem-se cada vez mais comuns.

- chuvas e tempestades – além de provocar invernos mais secos (e poluídos), as mudanças climáticas estão tornando os verões mais chuvosos, com maior ocorrência de grandes tempestades. Os efeitos mais óbvios à saúde são os imediatos: mortes por afogamento, impactos de árvores que desabam e, principalmente, soterramento. Há também um outro risco grave que a cidade ainda não aprendeu a medir com precisão: o aumento nos atropelamentos, quedas de motocicletas, batidas de carros, tombos.

- doenças infecciosas – outro efeito das enchentes é a mair probabilidade de contrair doenças de veiculação hídrica nas semanas após as chuvas. Parasitoses intestinais, hepatites virais, leptospirose e enteroviroses devem se tornar mais frequentes. Além disso, a chuva e o calor criam condições perfeitas para a reprodução de mosquitos, que podem transmitir febre amarela, dengue e malária.

– alergias – o aumento na concentração de CO2 aumenta a liberação de pólen pelas plantas e a proliferação de fungos, fatores que disparam as alergias. As partículas provenientes do diesel, cuja concentração é cada vez maior no ar paulistano, agrava o problema, porque elas se ligam ao pólen e aos fungos e os levam aos pulmões. É de se esperar um aumento considerável nos casos de rinite alérgica e asma e na intensidade como essas doenças se manifestam.

– escassez e migrações – as mudanças climáticas deverão aumentar a aridez de várias regiões do Brasil, inclusive a do sertão nordestino, cuja precipitação pode cair abaixo do mínimo para sustentar vida. Quando isso acontecer, é de se esperar uma retomada das migrações para as periferias das grandes cidades, inclusive São Paulo (embora as capitais nordestinas devam ser mais afetadas). A chegada de uma população vulnerável deve colocar pressão no sistema de saúde de São Paulo.

Os autores do estudo também apontam para o fato de que a baixa qualidade do espaço público – muito trânsito, tempo demais se deslocando, falta de convívio, alto risco de desastres – podem afetar a saúde psicológica da população, aumentando a incidência de alcoolismo, depressão e suicídios.

Vídeo para relaxar

Sugestão para se distrair um pouco...

Copie e cole na barra de endereços de seu Navegador de Internet.

http://www.youtube.com/watch?v=Vw5jEzqmr14

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Hospital de São Paulo substitui sedação por hipnose.

Imersa em uma cachoeira no meio de uma floresta tropical, a tradutora Elaine Pereira, de 43 anos, conseguiu fazer a ressonância magnética que tanto temia. A cena, na verdade, estava só na mente dela. Hipnotizada, foi capaz de relaxar sem a necessidade de sedativos. A técnica, aplicada no Hospital São Camilo, em São Paulo, permite que pacientes claustrofóbicos (com medo de lugares fechados e apertados) passem pela máquina de forma consciente e calma.

A hipnose é usada como alternativa para a anestesia. A vantagem principal é que, diferentemente da injeção, o procedimento não afeta a percepção. Após o exame, o paciente pode, por exemplo, voltar para casa dirigindo.

A capacidade de responder aos estímulos dos médicos é outra vantagem da hipnose. O procedimento, reconhecido pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo, deve ser praticada por profissionais de saúde após treinamento. No ano passado, a Sociedade Brasileira de Hipnose e Hipniatria (SBHH) capacitou cerca de 700 médicos, psicólogos e dentistas.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Escolaridade pode ajudar a compensar efeitos de demência

Pessoas que permanecem mais tempo no sistema educacional parecem ser mais capazes de compensar os eventuais efeitos da demência em seus cérebros do que as que estudaram menos, segundo um estudo publicado pela revista científica britânica Brain.

De acordo com a pesquisa, conduzida por cientistas do Reino Unido e da Finlândia, pessoas que estudaram mais tempo têm a mesma probabilidade de apresentar sinais de demência em seus cérebros no momento de sua morte que indivíduos que passaram menos tempo se educando.

Apesar disso, o grupo com mais tempo de estudos apresentou menor probabilidade de demonstrar os sintomas de demência em vida.

Os especialistas dizem que agora é necessário descobrir por que isso ocorre.

Durante a última década, estudos demonstraram de maneira consistente que quanto mais tempo uma pessoa passa se educando, menor é o risco de ela sofrer de demência.

Mas essas investigações não foram capazes de estabelecer se a educação - que tende a estar associada a um melhor nível socioeconômico e estilos de vida mais saudáveis - protege o cérebro contra a demência.

No novo estudo, os pesquisadores examinaram cérebros de 872 pessoas que tinham participado de três grandes estudos sobre envelhecimento realizados ao longo de 20 anos por especialistas da Grã-Bretanha e Finlândia.

Antes de morrerem, os participantes preencheram questionários sobre sua escolaridade.
Exames feitos após suas mortes revelaram sinais de doença em níveis semelhantes nos cérebros de participantes com ou sem altos níveis de escolaridade.

Porém, para cada ano adicional que a pessoa passou no sistema educacional, houve uma diminuição de 11% nos riscos de ela desenvolver sintomas demência, o estudo revelou.

Uma pessoa pode mostrar muitos sinais de patologia no seu cérebro enquanto outra mostra poucos, ainda assim, ambas tiveram demência.

Esse estudo oferece bons argumentos para investimentos (em educação) que terão impacto sobre a sociedade e sobre a vida inteira (dos cidadãos).

Este é o maior estudo a confirmar que mergulhar nos livros pode ajudar você a combater os sintomas de demência no final da vida. O que não sabemos é por que uma educação mais longa é tão boa para você.

Pode ser que as pessoas que estudam por mais tempo tenham cérebros que se adaptem melhor às mudanças associadas à demência.

Ou pode ser que pessoas educadas encontrem formas de lidar com os sintomas ou escondê-los.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Café em moderação é liberado durante a gravidez.

Para que você não consegue ficar sem o cafezinho de manhã, mas, grávida, tem medo de que esse hábito possa fazer mal para o bebê, a Associação Americana de Ginecologistas e Obstetras esclarece: uma xícara de café por dia durante a gravidez não aumenta os riscos de abordo ou parto prematuro. De acordo com os especialistas, até recentemente, não estava claro se o consumo moderado de cafeína poderia aumentar os riscos de complicações na gravidez, mas “é hora de dizer, confortavelmente, que está 'ok' tomar uma xícara de café”.

Baseados em dois estudos recentes que acompanharam mais de mil gestantes, o College's Committee on Obstetric Practice destaca que até 200 miligramas de cafeína por dia - o equivalente a uma xícara de café, quatro de chá, cinco copos de refrigerante ou seis quadradinhos de chocolate amargo - podem ser liberados para as grávidas. Entretanto, por terem mostrado que a cafeína pode chegar ao bebê através da placenta, os estudos levantam preocupações de que o consumo excessivo possa trazer prejuízos para o feto.

De acordo com os especialistas, o parecer do comitê não é alarmista e pode ajudar as mulheres a tomarem decisões durante a gestação. “Não é questão de tudo ou nada. Enquanto algumas mulheres podem escolher cortar totalmente a cafeína durante a gravidez, outras podem se importar muito com a xícara de café diária e apenas tentar reduzir um pouco - e ambas as opções são válidas”, destacou o pesquisador David Savitz, do Centro Médico Mount Sinai, em Nova York.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Para a lombalgia aguda, permanecer ativo pode ser melhor que o repouso no leito.

A recomendação de permanecer ativo contra repouso no leito pode oferecer pequenos benefícios na lombalgia aguda, mas são comparáveis na ciática, de acordo com os resultados de uma revisão publicada online na Cochrane Database of Systematic Reviews.

“Lombalgia aguda é um motivo comum para consulta com clínico geral”, escreveram Kristin Thuve Dahm, do Norwegian Knowledge Centre for the Health Services em Oslo, Noruega, e colegas.

“O debate continua sobre a eficácia comparativa entre a recomendação de repouso no leito e a de permanecer ativo como parte do tratamento primário”.

Para avaliar os resultados das duas condutas, os revisores procuraram o Cochrane Back Review Group Trials Register, CENTRAL, MEDLINE, EMBASE, Sport, e SCISEARCH até maio de 2009. Também procuraram bibliografias dos artigos pertinentes e contataram os autores dos estudos.

Os critérios para inclusão na revisão foram ensaios controlados randomizados para a eficácia de permanecer ativo ou em repouso no leito para pacientes com lombalgia aguda ou ciática, com endpoints primários de dor, status funcional, recuperação e retorno ao trabalho.

Dois revisores extraíram os dados independentemente e determinaram o risco de vieses paa os estudos selecionados, que foram combinados qualitativamente e estatisticamente, como apropriado com base na disponibilidade e apresentação dos dados.

Os 10 ensaios randomizados controlados selecionados tiveram riscos variáveis para viés. Os achados de 2 ensaios envolvendo um total de 401 pacientes com lombalgia aguda sugeriram que a recomendação de permanecer ativo foi associada a pequenas melhoras no alívio da dor (diferença média padronizada [DMP], 0,22; intervalo de confiança [IC] 95% 0,02 – 0,41) e status funcional (DMP 0,29; IC 95% 0,09 – 0,49).

Houve evidência de moderada qualidade de que pacientes com ciática que receberam a recomendação de permanecer em repouso no leito ou de permanecer ativos tiveram pouca ou nenhuma diferença no alívio da dor (DMP -0,03; IC 95% -0,24 – 0,18) ou no status funcional (DMP 0,19; IC 95% -0,02 – 0,41).

Para pacientes com lombalgia aguda, evidências de baixa qualidade de 3 ensaios randomizados controlados envolvendo um total de 931 pacientes sugeriu pequena ou nenhuma diferença entre exercícios, recomendação de repouso no leito ou permanecer ativo.

Para pacientes com ciática, evidências de baixa qualidade de 1 ensaio randomizado controlado envolvendo um total de 250 pacientes sugeriu pequena ou nenhuma diferença entre fisioterapia, recomendação de repouso no leito ou de permanecer ativo.

Várias estratégias para recomendações aos pacientes não foram comparadas em quaisquer dos ensaios identificados.

As limitações dessa revisão incluíram aqueles inerentes aos estudos incluídos, como qualidade da evidência e riscos de viés variados.

“Evidências de moderada qualidade mostram que pacientes com lombalgia aguda podem experimentar pequenos benefícios em alívio da dor e melhora funcional pela recomendação em permanecer ativos, em comparação com a de permanecer em repouso no leito; pacientes com ciática experimentam pouca ou nenhuma diferença entre as duas abordagens”, escreveram os autores do estudo.

“Evidência de baixa qualidade sugere pouca ou nenhuma diferença entre aqueles que receberam recomendação de permanecer ativos, fazer exercícios ou fisioterapia.

É muito provável que estudo adicional tenha um impacto importante na estimativa de efeito e que mude nossa confiança nisso”.

Suar é sinal de queima de calorias?

Existe a crença de que quanto mais você sua mais calorias você estaria queimando. Muitos vão em saunas para emagrecer ou usam roupas mais quentes para malhar. Mas a verdade é que ao suar você só perde água e sais minerais. É possível até ver uma diminuição no peso, mas as gordurinhas estão intactas e é só você se reidratar para o efeito passar.

A associação de que é preciso “suar a camisa” para perder peso vem do fato de que o suor e o emagrecimento são consequências da prática de atividade física. Entretanto, a transpiração apenas sinaliza que o corpo ultrapassou a média dos 37°C. O exercício acelera o metabolismo, que aumenta a temperatura física e provoca o calor. As glândulas sudoríparas entram em ação para manter o equilíbrio da temperatura, essencial para a manutenção das funções do organismo.

Durante a prática de atividade física, as pessoas perdem água e sais minerais, mas também queimam glicose e gordura. Essas últimas é que levam à perda de peso e não o suor, que apenas atua para manter a temperatura corporal nos níveis da normalidade.

O gasto calórico decorre do aumento do metabolismo muscular e não da elevação da temperatura que, por si só, não acelera o metabolismo. A prática de esportes também pode dar oportunidade ao surgimento de uma sudoração fria, decorrente da queda de açúcar no sangue: a hipoglicemia.

Se uma pessoa se submete a exercícios intensos, sem reserva de glicose, pode apresentar sintomas como sudorese fria, fraqueza e até desmaios. A forma de prevenir esse estado é conhecida – basta comer antes ou durante essas práticas.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Estudo destaca papel do álcool na propagação da Aids

Um estudo publicado pelo "The Lancet" como parte de uma série sobre a Aids entre a população viciada em drogas destaca o importante papel do álcool na propagação da epidemia.

Embora tenham conquistado grandes avanços na luta contra a Aids entre a população em geral, os grupos socialmente marginalizados como as drogados seguem estigmatizados e sem acesso a tratamentos que poderiam salvar vidas e impedir que se transformem em transmissores.

Atualmente, há 16 milhões de drogados que se injetam no mundo, dos quais 3 milhões são soropositivos, aos quais é preciso acrescentar um número incontável de pessoas que consomem drogas por outras vias e que também sofrem de Aids.

Ao se referir ao álcool, "The Lancet" qualifica como "droga esquecida", os autores do International Center for Research on Women, de Washington, assinalam que os estudos realizados na África mostram a estreita associação do álcool com a infecção por HIV, assim como com comportamentos que propiciam como o sexo não protegido, a promiscuidade sexual e a prostituição.

Segundo os analistas, as mulheres que vendem e servem álcool nos bares, hotéis e outros estabelecimentos "correm um risco elevado de beber elas álcool e manter relações sexuais não protegidas com seus clientes e infectar-se".

Outro estudo da Columbia University School of Social Work, de Nova York, se refere às mulheres que se drogam e que em muitos casos acabam fazendo sexo sem proteção.

As drogadas muitas vezes dependem de seus parceiros para conseguir drogas e, dado que são muitas vezes os homens que as injetam, ou seja, que são "as segundas a receber a picada", por isso correm risco dobrado de infectarem-se com o vírus da Aids ou por outros patógenos.

Um terceiro estudo apresentado por "The Lancet", da Universidade da Califórnia, San Diego, classifica de insuficiente a atual provisão de programas de substituição de opioides, de agulhas e seringas e dos tratamentos antirretrovirais, ao que se somam leis que proíbem os primeiros, tudo o que contribui para aumentar a epidemia entre os drogados.

Outro estudo do National Drug and Alcohol Research Centre, de Sydney, no mundo todo, menos de um de cada dez drogados que se injetam se beneficiam de programas eficazes de prevenção do HIV.

De cada cem drogados desse tipo só oito recebem tratamento de substituição, só quatro, tratamento antirretroviral, e apenas 5% de que se injetam utilizam seringas higiênicas proporcionadas pelas autoridades sanitárias.

Os autores desse trabalho afirmam que um índice alto de cobertura por esses três tipos de tratamentos combinados é fundamental para reduzir as infecções pelo vírus da aids em mais de 50% entre as drogados que se injetam.

Os pesquisadores do Open Society Institute, de Nova York, explicam em um relatório que em países como China, Vietnã, Rússia, Ucrânia e Malásia, onde há um elevado número de drogados que se injetam, o acesso a tratamento antirretroviral é baixíssimo quando seria especialmente necessário.

Esses analistas assinalam o perigo de estigmatizar os drogados como ocorre nos centros médicos de alguns países até o ponto de impor a eles impedimentos ou negar o tratamento.

Mais uma equipe da Yale University, New Haven, Connecticut (EUA), estudou o impacto da Aids entre os drogados que se injetam no índice de morbidade e mortalidade desse grupo frente aos que não consomem drogas e detectou uma maior incidência de hepatite viral, tuberculose, infecções de origem bacteriana e doenças mentais.

Segundo os autores, quando o tratamento antirretroviral estiver universalmente disponível para as drogados infectados, poderá prestar maior atenção às outras doenças que padecem e cujo diagnóstico será também mais fácil.

Um estudo do departamento de saúde pública de San Francisco constata o aumento do risco de HIV associado ao uso de anfetaminas e recomenda que se permita o rápido acesso das pessoas que usam drogas ao teste da Aids e outros exames destinados a prevenir a doença.

Analistas de uma instituição em Québec, Canadá, denunciam a prevalência dos abusos de direitos humanos entre as drogados, o que aumenta o risco de infecção pela Aids, enquanto uma equipe a John Hoppkins Bloomberg School of Public Health (Baltimore, EUA), fez um chamado a favor de "descriminalizar" os drogados.

Só aproximadamente 10% dos drogados no mundo todo se beneficiam dos tratamentos atuais e muitos estão na prisão por delitos menores ou sem julgamento algum.

Não há soluções para todos, mas cada país tem de buscar uma resposta adequada à sua epidemia, mas combinando diferentes intervenções e tratamentos poderiam chegar a conter a epidemia nos próximos cinco anos porque "seus efeitos são sinérgicos".

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sons emitidos pelo bebê podem auxiliar diagnóstico de autismo.

Cientistas americanos acreditam ser capazes de distinguir bebês autistas a partir dos sons que eles produzem.

Usando tecnologia para análise das vocalizações emitidas por 232 crianças com idades entre dez meses e quatro anos, os especialistas da University of Kansas identificaram diferenças nos sons emitidos pelas que foram diagnosticadas como sendo autistas.

A tecnologia permitiu diagnósticos corretos em 86% dos casos.

Estudos anteriores indicaram uma associação entre características vocais e autismo, mas, até hoje, o critério voz nunca foi usado no diagnóstico da condição.

O estudo americano foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Autismo é o nome dado a um grupo ou "espectro" de condições caracterizadas pela inabilidade de comunicação ou empatia com o outro, falta de traquejo social, traços obsessivos e comportamentos repetitivos.

Os cientistas americanos analisaram quase 1.500 gravações com um dia de duração feitas através de aparelhos fixados nas roupas das crianças.

Mais de três milhões de sons infantis foram usados na pesquisa, diz o estudo.

Os pesquisadores se concentraram em 12 parâmetros específicos associados ao desenvolvimento vocal do bebê.

Entre eles, o mais importante foi a habilidade da criança emitir sílabas bem formadas a partir de rápidos movimentos da mandíbula e língua.

Os especialistas acreditam que esses sons constituem as fundações das palavras.

Nas crianças autistas com até quatro anos de idade, o desenvolvimento nesse parâmetro é mais lento.

Essa tecnologia poderia ajudar pediatras a fazer testes de autismo para determinar se o bebê deve ser examinado por um especialista para diagnóstico.

A nova técnica pode identificar sinais de autismo aos 18 meses de idade. Atualmente, a média de idade das crianças diagnosticadas com a condição nos Estados Unidos é 5,7 anos.

Outro ponto forte da tecnologia é que ela se baseia em padrões sonoros ao invés de palavras e pode ser usada para testar crianças de qualquer país.

fonte: BBC Brasil

terça-feira, 20 de julho de 2010

Gel germicida reduz em até 54% risco de contágio do HIV.

Um gel germicida, que contém 1% de um antirretroviral, reduz em até 54% o risco de contágio do HIV em comparação a um gel vaginal que não contém nada, revelou nesta segunda-feira um estudo divulgado em Viena, onde está sendo realizada a conferência internacional sobre a Aids.

O estudo, intitulado CAPRISA 004 que começou no dia 27 de fevereiro de 2007, tinha como objetivo estabelecer a eficácia e a segurança de um gel com 1% de tenofovir, um componente muito utilizado como antiretroviral, para a prevenção do vírus entre as mulheres.

Ele foi realizado com mulheres sul-africanas de 18 a 40 anos saudáveis e sexualmente ativas. Das mulheres analisadas, 445 receberam um gel com ARV; e 444, um gel sem a substância.

A incidência do HIV foi 54% mais baixa entre as mulheres que fizeram o tratamento completo, de 38% entre as que seguiram o tratamento parcialmente e de 28% entre as que recorreram pouco ao tratamento. Em média houve uma redução de incidência de 39%. Não houve efeitos negativos.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Suplementos para emagrecer têm baixa eficácia

Dois novos estudos apresentados no International Congress on Obesity, em Estocolmo, na Suécia, avaliaram a eficácia de uma seleção de suplementos emagrecedores vendidos em farmácias e lojas especializadas e não encontraram evidências de que qualquer um deles realmente facilita a perda de peso, a não ser pelo efeito placebo.

Foram testados nove suplementos populares em meio a pílulas falsas dentro de um teste controlado. Dentre os suplementos testados, foram inclusos L-Carnitina, pó-de-repolho, semente de guaraná em pó, extrato de feijão, extrato da raiz japonesa konjac, comprimidos à base de fibras, alginato de sódio, que é extraído de algas marrons, e extratos vegetais selecionados.

Os pesquisadores obtiveram os suplementos em farmácias alemãs e mudaram as embalagens e nomes dos produtos para dar uma aparência neutra, além de reescreverem as informações das bulas a fim de eliminar os nomes dos produtos para o teste.

A pesquisa avaliou 189 indivíduos obesos ou acima do peso, que não eram consumidores de qualquer tipo de suplemento emagrecedor. Estas pessoas foram submetidas às doses recomendadas pelos fabricantes, uma vez por semana, durante oito semanas. Alguns dos produtos vieram acompanhados por dietas alimentares de fábrica, enquanto outros não, então os pesquisadores forneceram exatamente os mesmos conselhos, como estavam escritos nas bulas.

Após o período de teste, os pesquisadores observaram que a perda de peso, em média, foi de 1 e 2 quilos, entre sete dos produtos, dependendo do suplemento, e de 1,2 quilos no grupo de pílulas placebo.

O chefe do Institute for Nutrition and Psychology at the University of Göttingen Medical School, na Alemanha, Thomas Ellrott, que liderou o estudo, afirma que existem diversos tipos de suplementos emagrecedores, que prometem perda de peso. Porém, é muito importante estar atento à escassez de testes comprobatórios e a camuflagem destes produtos. "Poucos destes suplementos foram submetidos a testes clínicos e a aparência deles está sempre mudando, então nós precisamos submetê-los a rigorosas avaliações científicas para determinar se eles realmente têm algum benefício", explica o especialista.

No segundo estudo apresentado no congresso, o pesquisador Igho Onakpoya, da Peninsula Medical School at the Universities of Exeter and Plymouth, do Reino Unido, conduziu a primeira revisão sistemática de todos os testes existentes sobre resultados de estudos envolvendo estes populares suplementos emagrecedores, incluindo picolinato de cromo, efedrina, laranja amarga, ácido linoléico conjugado (CLA), cálcio, alginato de sódio, glucomannan (produto do extrato de Konjac), quitosana e chá verde.

Segundo Onakpoya, não foi comprovada nenhuma evidência de que algum destes alimentos ou suplementos estudados sejam adequados ao tratamento para redução do peso corporal. "As pessoas enxergam nestes suplementos a oportunidade de perder peso em pouco tempo e podem gastar exorbitantes quantias de dinheiro neles, no entanto, podem acabar desapontadas, frustradas e até deprimidas se suas expectativas não forem alcançadas", explica o pesquisador.

A venda mundial de produtos para emagrecer gira em torno de US$ 13 bilhões. Na Europa Ocidental as vendas, excluindo as que têm prescrição médica, alcançaram cerca de US$1,4 bilhões em 2009. Já os americanos gastam em torno de US$1,6 bilhões por ano em suplementos para perda de peso.

Com tantos produtos e dietas sendo lançados todos os dias, fica difícil saber qual o melhor caminho para emagrecer e preservar a saúde. Persistência e calma são necessárias para quem está tentando emagrecer. Portanto, fuja da tentação do emagrecimento fácil, "em apenas 1 semana", "em 3 dias". A perda de peso ocorre com qualquer dieta de baixas calorias, mas a perda de peso duradoura só ocorre com dietas balanceadas e conhecidas de todo o mundo acadêmico.

"Todas as vezes que escolhemos alimentos mais calóricos, devemos reduzir o volume ingerido para conseguir perder peso. Às vezes, a redução de calorias inviabiliza a dieta, pois o pequeno volume ingerido nos causa muita fome. Por outro lado, é impossível aderirmos a um plano dietético, abolindo nossos alimentos prediletos. Por isso, a dieta deve sempre ser individualizada e discutida com o paciente", explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva, especialista em nutrologia.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Para emagrecer com eficácia, estudo sugere que é preciso perder muito peso rápido...

Ao contrário da ideia geralmente aceita, inclusive entre os médicos, sobre a melhor receita para perder quilos, uma nova teoria começa a tomar corpo. Diz que, para emagrecer com eficácia, é preciso emagrecer muito... e rápido, segundo estudos apresentados no Congresso Internacional sobre Obesidade, concluído em Estocolmo esta semana.

Médica endocrinologista e doutoranda da Universidade de Melbourne (Austrália), Katrina Purcell conduziu uma experiência comparativa entre dois modelos de regime: um "rápido", de 12 semanas, com o objetivo de fazer a pessoa de 100 kg perder 1,5 kg por semana, e outro "gradual", de 36 semanas, com o objetivo de eliminar 0,5 kg por semana.

"Espantosamente e ao contrário do que se pensa, o estudo demonstra que o regime 'rápido' é mais eficaz que o 'gradual' para quem quer perder quilos", comenta ela.

Os resultados obtidos mostram que 78% das pessoas que tentaram emagrecer 'logo' conseguiram perder 15% do peso, contra 48% submetidas a um regime 'gradual', mais lento.

Um dos motivos, avançados pela cientista, é psicológico e diz respeito à motivação: "quando se perde 1,5 kg por semana, temos vontade de dar continuidade ao regime, o o que não acontece quando se perde 0,5 kg aqui ou ali..."

Quatro participantes do grupo 'gradual' abandonaram a experiência antes do final, achando que houve muito esforço, contra apenas um no grupo do emagrecimento 'rápido'.

Katrina Purcell faz uma advertência, no entanto, contra os regimes muito rápidos, as chamadas "crash diets", que consistem em uma privação extrema de calorias. "Não faça isso sozinho, mas junto com seu médico, que é o único capaz de orientar melhor sua dieta", diz ela.

Resultados são preliminares
Muitos médicos e nutricionistas acham que, quanto mais se perde quilos, mais somos suscetíveis a recuperá-los. Por isso, a médica vai acompanhar os dois grupos com cuidado, e deve divulgar os resultados finais da pesquisa em três anos.

O Instituto nacional holandês para a Saúde Pública e o Meio Ambiente estuda a ligação entre a quantidade de quilos perdidos e a eventual recuperação do peso que advém.

Segundo a pesquisa, 54% das pessoas que perderam peso tendem a conservar os benefícios disso durante um ano, independentemente da quantidade de quilos perdidos. Daí a conclusão de que, "quanto mais se perde peso inicialmente, mais a perda permanece importante um ano depois", diz o cientista Jeroen Barte.

"As perdas de peso de 10% ou mais deveriam ser encorajadas e preferíveis às menos significativas porque, um ano depois, os benefícios serão sentidos", afirma, reconhecendo que o estudo "acaba com um mito".

Barte acrescenta que estudos deverão ser realizados "para determinar os objetivos ótimos para perda de peso e estabelecer as melhores práticas, para permitir sua manutenção".

Katrina Purcell não condena, no entanto, os regimes mais longos, uma vez que permitem uma modificação profunda no modo de vida.

Os cientistas concordam que os hábitos alimentares e o modo de vida são fatores primordiais da obesidade e do sobrepeso. Quantidade das porções, luta contra o marketing agressivo da indústria de alimentos, reformulação de produtos com menos sal ou menos açúcar, incentivos fiscais, divulgação sistemática das calorias no menu dos restaurantes... Antes de pensar em regimes, "é preciso uma mudança cultural!", diz o presidente da ONG International Association of Consumer Food Organizations (IACFO), Bruce Silverglade.

Estudo liga quadris grandes a risco maior de perda de memória em mulheres.

Pesquisadores da faculdade de medicina da Northwestern University, em Chicago, sugeriram que o formato do corpo da mulher pode influenciar o desempenho de sua memória após a menopausa.

Eles notaram que mulheres com gordura acumulada na barriga tiveram um desempenho melhor em testes de raciocínio do que mulheres com formato em corpo de pera, ou seja, com cinturas menores e quadris largos - com mais gordura acumulada nos quadris.

Os pesquisadores dizem acreditar que a gordura na barriga conserva uma quantidade maior do hormônio feminino estrogênio, cuja produção pelo corpo diminui após a menopausa.

Acredita-se que o hormônio ajude a proteger o cérebro da degeneração da atividade cognitiva.

Hormônio

O estudo analisou 8.745 mulheres que já passaram pela menopausa, com idades entre 65 e 79 anos de idade.

Elas completaram um teste de memória que os cientistas usaram para analisar a atividade cerebral. As mulheres com corpos em formato de pera tiveram um desempenho especialmente fraco.

Os cientistas afirmam no estudo, divulgado na publicação científica American Geriatrics Society, que isto se deve à diferença da gordura depositada nos quadris e coxas comparada com as mulheres com maior quantidade de gordura na barriga.

Já sabia-se que tipos diferentes de gordura armazenam hormônios diferentes e tem efeitos distintos nos níveis de lipídios e pressão arterial.

Os cientistas dizem que excesso de gordura em qualquer lugar pode afetar o cérebro de mulheres mais velhas, mas que um pouco de gordura na cintura, em particular, pode proteger a atividade do cérebro.

Por outro lado, eles ressaltam que excesso de gordura na cintura aumenta o risco de outras doenças como câncer, diabetes e problemas cardíacos.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Recomendações contra disseminação de gripes.

Pouco menos de 5% das pessoas, quando espirram ou tossem, cobrem a boca e o nariz com o braço ou com um lenço descartável - medida recomendada pelas autoridades de saúde para prevenir a transmissão de gripes e resfriados -, segundo estudo neozelandês apresentado nesta semana na Conferência Internacional sobre Doenças Infecciosas Emergentes. De acordo com os pesquisadores, apesar de toda a campanha mundial realizada no ano passado para o combate da pandemia da nova gripe A (H1N1), a maioria das pessoas não seguem as recomendações para evitar a disseminação dessas infecções.

Durante o mês de agosto de 2009, 13 estudantes de medicina da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, passaram a observar o comportamento das pessoas em uma estação de metrô, um hospital e um shopping, registrando 384 episódios de tosse e espirro. Nessas ocasiões, mais de 26% ocorreram sem nenhuma cobertura, enquanto em apenas 4,7% dos casos a tosse ou espirro foi coberta por um tecido - que poderia ser um lenço ou da própria camisa -, um lenço de papel ou pelo braço. Mas a grande maioria das pessoas - em 64% dos casos - cobria a tosse e os espirros com as mãos - prática desaprovada pelas autoridades de saúde, por facilitar a disseminação de vírus.

Os especialistas destacam, entretanto, que, embora cobrir a boca e o nariz com as mãos não seja a prática indicada - por disseminar os vírus para superfícies que as pessoas tocam -, isso seria ainda melhor do que tossir ou espirrar livremente.

Provavelmente, a principal transmissão é pela exposição à tosse descoberta, mais do que por superfícies contaminadas. Obviamente, a tosse descoberta em locais onde não há ninguém não é arriscada, mas as autoridades em saúde pública querem que as respostas apropriadas sejam automáticas, isto é, sempre tussa em um lenço ou em seu braço.

Para os autores, todos os países deveriam fazer estudos similares, pois essas tendências podem variar, principalmente de acordo com a educação para a saúde de cada população. Para um melhor comportamento das pessoas nesse sentido, o especialista defende que essas práticas sejam ensinadas nas escolas.

Haverá alguns benefícios para os adultos que aprenderem isso na infância. Mas as campanhas de massa nos meios de comunicação durante as epidemias e pandemias são muito válidas para que os adultos sejam encorajados a mudar.

Fonte: EurekAlert. Public release. 12 de julho de 2010.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mudanças bruscas de temperatura

Do inverno quente dos últimos dias, boa parte do Brasil amanheceu nesta terça-feira (13) com um dia frio e chuvoso. Para aqueles que já possuem doenças respiratórias, a mudança brusca de temperatura é perigosa.

Esta mudança afeta quem tem problemas de saúde, principalmente asma e rinite. Quem não está se tratando pode até parar em um pronto socorro em decorrência de uma crise. É comum aumentarem os casos de asma, crises de falta de ar e pneumonia, em especial em idosos e crianças.

O muco protetor das vias respiratórias está desprotegido por causa do tempo seco e, então, as doenças crônicas podem se agravar. a temperatura mais baixa gera maior aglomerado de pessoas o que facilita a circulação de vírus e uma maior ocorrência de infecções.

Para se prevenir, além da vacinação contra gripe e outras viroses, é importante manter a ventilação de locais fechados, fazer higiene nasal, manter uma boa hidratação e se agasalhar bem - sem passar calor. Quem já tem uma doença crônica como asmas e rino-sinusites deve manter o tratamento e medicações para evitar crises.

A poluição das grandes cidades também é um fator que contribui para as doenças respiratórias. Por este lado a chuva veio em boa hora. A suspensão das partículas no ar estava muito elevada por causa do tempo seco. As pessoas estavam com as mucosas do nariz e garganta ressecadas o que também provoca problemas de saúde. A chuva aumenta a umidade e deposita as partículas de poluição.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Pesquisa em hospitais públicos.

Ao analisar a administração de medicamentos em cinco hospitais públicos brasileiros, uma pesquisa detectou erros na administração de fármacos em 30% dos casos. Desses erros, 77% se concentraram no tempo de administração dos medicamentos, isto é, foram dados aos pacientes antes ou depois da hora certa.

O estudo, publicado na revista "Acta Paulista de Enfermagem", identificou quase 1,5 mil erros ao analisar a administração de 4.958 doses por via parental (que não passa pelo sistema digestivo), ministradas em cinco unidades hospitalares ligadas a universidades das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

Segundo o estudo, as administrações de fármacos para os sistemas cardiovascular e nervoso, para o trato alimentar e metabolismo e antifecciosos de uso sistêmico apresentaram maior frequência de erros.

Grupos de medicamentos como os de baixo índice terapêutico (MBIT) – que contêm substâncias como ácido valproico, aminofilina e lítio – e os potencialmente perigosos (MPP) (anestésicos em geral) merecem monitorização cuidadosa da dose e de seus efeitos clínicos.

No estudo, foram identificadas como “erros de horários” as situações em que o medicamento foi administrado em um período superior a 60 minutos de antecedência ou de atraso em relação ao horário correto elaborado pelo enfermeiro ou técnico de enfermagem. O trabalho verificou concentração na administração de medicamentos no período da manhã.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

barriga de chopp... um perigo!




Mais importante do que controlar o peso corporal é acompanhar a circunferência abdominal.

Essa medida, definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o ponto médio entre a última costela e a crista do osso ilíaco, ou, para simplificar, a menor circunferência da região abdominal (equivalente à cintura) tem relação direta com o aumento das chances de desenvolver pré-diabetes, aumento de triglicérides e colesterol e pressão alta.

Circunferência abdominal

Homens
risco aumentado >= 94 cm
risco muito aumentado >= 102 cm

Mulheres
risco aumentado >= 80 cm
risco muito aumentado >= 88 cm


Uma das justificativas que fazem do tecido adiposo tão prejudicial à saúde é fato de ser um órgão dinâmico que secreta várias substâncias denominadas ADIPOCINAS. Estas adipocinas, em sua grande maioria, estão relacionadas, direta ou indiretamente, a processos que contribuem com a aterosclerose, hipertensão arterial, dislipidemias, resistência à insulina e diabetes, representando o elo entre a adiposidade, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares.

Dentre as adipocinas, destacam-se o fator de necrose tumoral-a (TNF-a), interleucina-6 e 10, inibidor de plasmiogênio ativado -1 (PAI-1), proteína C reativa (PCR), resistina, proteína estimulante de acilação (ASP) e fatores envolvidos no sistema renina-angiotensina.

Particularmente na região abdominal existem 2 tipos de gordura que são metabolicamente diferentes: a gordura subcutânea, palpável ao beliscarmos o abdômen e a visceral ou omental, localizada entre as vísceras, abaixo da musculatura abdominal, a conhecida “barriga de chopp”.

O tecido adiposo visceral é o que secreta maior concentração de adipocinas, seguido do tecido adiposo subcutâneo abdominal e do tecido subcutâneo glúteo-femural, o que explica a importância de manter a circunferência abdominal dentro dos parâmetros determinados pela OMS.

Por outro lado, a gordura omental é mais sensível a queima de gordura quando comparada à gordura subcutânea abdominal e glúteo-femoral, ou seja, a prática de atividade física, especialmente a intermitente, associada ao ajuste da alimentação reduz a circunferência abdominal de forma rápida e eficaz.

Como temos exaustivamente comentado neste blog, para manter a saúde sob controle não há milagres: pratique atividade física e mantenha uma alimentação equilibrada!

sábado, 10 de julho de 2010

Hepatite B

O vírus

Trata-se de vírus DNA, da família Hepadnavirus. Sumariamente, este vírus se compõe de uma região central (core), que contém o material genético do vírus, recoberta por uma glicoproteína, o antígeno de superfície do vírus da hepatite B ou HBsAg, inicialmente denominado antígeno Austrália. Existe certa variabilidade nas características antigênicas do HbsAg pela presença de subdeterminantes da proteína, mas todas as variantes contém em comum o subdeterminante a, o que torna possível o desenvolvimento de vacina única contra o vírus.

Formas de transmissão

A transmissão pode ocorrer por via parenteral, através de transfusões de hemoderivados ou contato com sangue contaminado (por exemplo após acidentes com agulhas contaminadas, partilha de seringas); por via sexual; ou verticalmente, em geral no momento do parto. Contatos domiciliares também apresentam maior risco de se contaminar com o vírus.

Epidemiologia

Estima-se que atualmente existam cerca de 250.000.000 de indivíduos infectados pelo vírus da hepatite B em todo o mundo. O vírus é cosmopolita, mas é mais prevalente em algumas regiões do planeta que em outras. No Brasil, existem áreas de alta prevalência (região da Amazônia Ocidental, com cerca de 12% de portadores crônicos em algumas faixas etárias), prevalência intermediária (região Nordeste) e baixa prevalência (região Sul). Dentro destas áreas, entretanto, alguns grupos apresentam prevalências diferenciadas: politransfundidos, renais crônicos hemodialisados, usuários de drogas ilícitas injetáveis, prostitutas, homossexuais masculinos, profissionais da área de saúde, filhos de mães HBsAg positivas são considerados grupos de risco e merecem atenção especial no tocante a diagnóstico e principalmente profilaxia da doença.

Formas clínicas

A forma aguda da doença pode se manifestar com sintomas clássicos de hepatite, como icterícia, colúria e hipocolia fecal, mas freqüentemente é assintomática, ou pelo menos anictérica, passando despercebida do paciente e do médico. Cerca de 90-95% dos adultos imunocompetentes curarão espontaneamente a doença; portanto, cerca de 5-10% evoluirão para a forma crônica da doença, geralmente assintomática. Nestes casos, o diagnóstico é feito em triagens de rotina (por exemplo, em doação de sangue ou exames pré-natais) ou quando o paciente, já com cirrose, desenvolve sintomas de insuficiência hepática crônica. Portadores crônicos do vírus da hepatite B, independentemente da presença de cirrose, têm chance cerca de 300 vezes superior à da população geral de desenvolver hepatocarcinoma, outra situação de diagnóstico tardio da doença. A hepatite fulminante ocorre em menos de 1% dos indivíduos. Frente à dificuldade de diagnóstico e gravidade das conseqüências da doença, o melhor método para controle da hepatite B consiste na vacinação dos indivíduos susceptíveis.

A vacina

As vacinas disponíveis comercialmente em nosso meio consistem de HBsAg recombinante, produzido pela levedura Saccharomyces cerevisae após inserção de plasmídio contendo a região do DNA do vírus da hepatite B responsável pela codificação da região S do genoma. A região pré-S do genoma, responsável pela codificação de proteína S maior e teoricamente mais antigênica, não é incluída nestas vacinas. As vacinas mais disponíveis em nosso meio são: Engerix Bä (SKB) – 10 ou 20mg, para crianças até 10 anos e adultos, respectivamente; Recombivaxä (MSD) – 5 ou 10mg, para indivíduos até 20 anos e maiores de 20 anos, respectivamente. Para recém-nascidos, o fabricante recomenda a aplicação de 2,5 mg.

Quem deve ser vacinado? Quando? É necessária triagem sorológica?

A estratégia atual, preconizada pela OMS em 1992, é a vacinação universal, ou seja, vacinação de todas as crianças, incluída no calendário normal de vacinação. No Brasil, esta estratégia está em implantação; vários países, no entanto, ainda não a implantaram, devido ao custo da vacina. Além disto, há a recomendação da vacinação de adolescentes, em sua maioria não beneficiados pela estratégia de vacinação universal, na tentativa de minimizar a transmissão sexual da doença. Finalmente, indivíduos pertencentes a grupos de risco (vide epidemiologia) devem ser vacinados o mais precocemente possível. Nestes indivíduos, a triagem sorológica pré-vacinação, frente ao custo atual da vacina, é custo-efetiva, devendo-se vacinar todos os indivíduos com anti-HBc total negativo. Atenção especial deve ser dada para casos de profilaxia pós-exposição (por exemplo, filhos de mães HBsAg positivas, acidentes com material potencialmente contaminado); estes indivíduos devem ser submetidos à triagem sorológica visando esclarecer qual seu status sorológico no momento do acidente, com determinações do HBsAg, anti-HBc total e anti-HBs, e receber imunização ativa (vacina) e passiva (imunoglobulina hiperimune) no prazo máximo de 48 horas após o contato.

Como vacinar?

A vacinação completa contra a hepatite B consiste de três doses de vacina, aplicada por via IM, aos 0, 1 e 6 meses, considerando-se o tempo 0 a data de aplicação da 1a dose. A vacina apresenta menor imunogenicidade quando aplicada no músculo glúteo; provavelmente, devido ao seu maior conteúdo de gordura, haja maior risco de aplicação SC inadvertida. Portanto, este músculo não deve ser utilizado para a imunização contra a hepatite B. Adultos - 20mg (Engerix Bä) ou 10mg (Recombivaxä) por via IM, no músculo deltóide, aos 0, 1 e 6 meses. Crianças (até 10 anos) – 10mg (Engerix Bä) ou 5mg (Recombivaxä) por via IM, aos 0, 1 e 6 meses. Adolescentes (11-19 anos) devem receber 5 mg de Recombivaxä. Esta última deve ser administrada na dose de 2,5 mg a recém-nascidos. Crianças pequenas devem receber a vacina no músculo anterior da coxa. A vacina confere imunidade a cerca de 95% dos indivíduos imunocompetentes vacinados.

Como avaliar a resposta à vacina?

Considera-se protegido contra a hepatite B o indivíduo que apresente anti-HBs ³10UI/L, um mês após o término do esquema vacinal, quando está havendo o pico de formação de anticorpos. Após o pico, há tendência de queda exponencial na concentração de anticorpos. Há necessidade de aplicação de doses de reforço? Em indivíduos respondedores (com anti-HBs ³10UI/L, um mês após o término do esquema vacinal) e imunocompetentes, não. Já se demonstrou que estes indivíduos, mesmo quando apresentam anti-HBs < 10UI/L no momento da nova exposição ao HBsAg, desenvolvem resposta anamnéstica, ou seja, síntese rápida de IgG de alta afinidade, com pico de anti-HBs ocorrendo entre dois e cinco dias após o contato, o que confere imunidade contra a doença.

Quais são os efeitos colaterais?

Quando presentes, estão restritos, na grande maioria dos casos, a reações locais. As mais comuns são sensibilidade e dor no local da aplicação. Mais raramente se observa eritema no local. Reações sistêmicas como febre, mialgia, rash cutâneo e artralgia são raras, mas já foram descritas. Existem raros relatos de síndromes desmielinizantes (especialmente esclerose múltipla) que foram atribuídos à vacinação contra a hepatite B, mas não se demonstrou maior prevalência da doença em indivíduos vacinados que em grupo controle.

Quais as contra-indicações ao emprego da vacina?

Os fabricantes não recomendam a vacinação de mulheres grávidas. Indivíduos imunossuprimidos podem receber a vacina, já que não se trata de vacina com vírus vivo ou atenuado, e sim com proteína recombinante do vírus. Obviamente, nestes pacientes a eficácia é menor.

Um pouco de estresse pode ajudar no combate ao câncer.

Ter algum nível de estresse pode ser bom para a saúde, ajudando no combate ao câncer, segundo publicado nesta sexta-feira na revista científica Cell. Em testes com ratos, cientistas americanos e neozelandeses observaram que os animais colocados em situações estressantes - incluindo brigas com outros ratos - tinham melhores resultados na luta contra os tumores do que aqueles deixados quietos. “A forma como vivemos pode ter um impacto muito maior sobre o prognóstico do câncer do que pensávamos anteriormente”, explicaram os autores.

Na pesquisa, os cientistas injetaram células com melanoma - um tipo de câncer de pele - nos roedores, e colocaram alguns deles em gaiolas grandes, cheias de brinquedos e muito mais ratos do que o normal, deixando outros em gaiolas convencionais. Após três semanas, os tumores tinham reduzido quase pela metade nos ratos que estavam nas gaiolas cheias de estímulos, estando 77% menores após seis semanas; enquanto o câncer apenas crescia nos outros ratos. Além disso, os tumores desapareceram completamente em 17% dos ratos do primeiro grupo, mesmo sem tratamento.

Os pesquisadores destacam que o fato de esses ratos serem mais estressados - alguns tinham mais marcas de mordida e de luta - pode cumprir um papel no combate aos tumores. Segundo especialistas, a resposta do organismo ao estresse é complexa, e os hormônios liberados podem ter efeitos positivos. Comprovando essa teoria, experimentos mostraram que os ratos estressados produziam mais fator neurotrófico, que reduz a produção de leptina, hormônio associado ao apetite, mas também ao melanoma, ao câncer de próstata e de mama.

Embora muitos dos mecanismos em humanos sejam diferentes, os pesquisadores concluíram que esta pode ser uma lição para todos: não devemos simplesmente evitar o estresse. “Devemos estar envolvidos em esportes coletivos e em grupos sociais, onde há diversas dinâmicas interativas que são um pouco desafiadoras para nós”, concluíram os especialistas.

fonte: blogsaúde

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Especialistas defendem que as aulas das crianças comecem mais tarde.

Se seu filho tem grandes dificuldades em acordar cedo para ir à aula, e isso atrapalha o desempenho dele na escola, você pode ter um aliado. Um estudo americano publicado neste mês na revista Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine indica que o atraso de apenas meia hora no início das aulas aumenta a média de tempo de sono das crianças, podendo levar a uma significativa melhoria no humor, no estado de alerta e na motivação dos estudantes.

Os pesquisadores avaliaram 201 estudantes do ensino médio de uma escola de Rhode Island, EUA, onde o início da aula foi alterado das 8h para as 8h30 por dois meses. E descobriram que, a partir da mudança de horário, a proporção de estudantes que relatavam dormir pelo menos oito horas por noite aumentou de 16% para 55%; a proporção daqueles que se sentiam um pouco infelizes ou deprimidos caiu de 66% para 45%, enquanto a de aborrecidos e irritados caiu de 84% para 63%; e as visitas a um centro de saúde por causa de sintomas de fadiga caiu de 15% para 5%. Além disso, surpreendentemente, os jovens passaram a ir para a cama, em média, 18 minutos mais cedo.

“Os resultados do estudo se combinam à crescente literatura que apoia os benefícios potenciais de adaptar os horários escolares às necessidades de sono, ao ritmo circadiano, e ao estágio de desenvolvimento dos adolescentes, otimizando seu sono e estado de alerta nos ambientes de aprendizado”, escreveram os autores. E os pesquisadores destacam que, apesar da resistência das escolas em atrasar o horário de início das aulas, os resultados práticos podem fazer com que elas mudem de ideia. Entretanto, mais estudos são necessários para avaliar os efeitos no desempenho dos estudantes.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Atividades físicas na juventude pode proteger contra a demência.

Se você quer manter uma boa memória e um raciocínio afiado na velhice, é melhor começar a se exercitar. Um estudo publicado na última edição da revista da Sociedade Americana de Geriatria indica que mulheres fisicamente ativas em qualquer ponto da vida - adolescência, 30 anos, 50 anos e terceira idade - têm menor risco de sofrerem problemas cognitivos na velhice, comparadas às sedentárias. E os pesquisadores destacam que os exercícios na adolescência e juventude são os que têm maior efeito protetor.

A análise de dados de 9,3 mil mulheres mostrou uma taxa de sedentarismo de 15,5% na adolescência; 29,7% em mulheres aos 30 anos; 28,1% aos 50 anos; e 21% entre as idosas. E essas mulheres fisicamente inativas teriam entre 50% e 100% mais chances de terem problemas cognitivos na velhice, comparadas àquelas que faziam atividades físicas. Mas, considerando fatores como idade, escolaridade, estado civil, hipertensão, sintomas depressivos, tabagismo e índice de massa corporal, apenas a atividade física na adolescência pareceu proteger significativamente as mulheres contra o declínio cognitivo na velhice.

Segundo os especialistas, as mulheres sedentárias na adolescência que se tornaram fisicamente ativas aos 30 e aos 50 conseguiam reduzir seu risco de problemas cognitivos, porém “ser fisicamente ativa na adolescência é mais importante para prevenir problemas cognitivos”. E, embora as razões da relação não estejam claras, eles dizem que a explicação pode ser multifatorial, com a atividade física tendo efeito positivo sobre a plasticidade cerebral e a cognição, além de reduzir fatores de risco para problemas cerebrovasculares, como hipertensão, obesidade e diabetes.

Boa Saúde

terça-feira, 6 de julho de 2010

Cientistas vinculam proteína sanguínea ao mal de Alzheimer

Níveis elevados de uma proteína sanguínea chamada clusterina estão ligados ao surgimento do mal de Alzheimer, disseram cientistas nesta segunda-feira, numa descoberta que pode no futuro permitir um diagnóstico precoce da doença.

Os pesquisadores do Instituto de Psiquiatria do King's College, de Londres, disseram que os médicos ainda vão levar cerca de cinco anos para conseguir aplicar a descoberta em um exame que identifique futuras vítimas do Alzheimer.

O mal de Alzheimer é a forma mais comum de demência, afetando cerca de 35 milhões de idosos no mundo. A doença é pesquisada há décadas, mas os médicos ainda têm poucas armas efetivas contra ela.

Existem drogas que atenuam temporariamente os sintomas, mas inexoravelmente os pacientes acabam perdendo a lembrança e a capacidade de cuidarem de si próprios e interagirem com o mundo.

A pesquisa usou uma técnica chamada proteômica, que analisa as proteínas, em 95 pacientes. O resultado foi publicado na revista Archives of General Psychiatry.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sal e sódio causam dúvida a hipertensos...

Reduzir o sal na dieta é a primeira recomendação que um portador de hipertensão recebe do médico. Mas uma pesquisa do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia com 1.294 hipertensos mostrou que 93% deles não sabem fazer a relação entre o sal e o sódio descrito nas embalagens de alimentos. Pior: 75% nem sequer leem os rótulos e 45% não sabem que os produtos industrializados podem conter sal.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o consumo diário de sal não deve exceder seis gramas por dia - uma colher de chá. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) deve lançar em breve uma nova diretriz reduzindo esse valor recomendado para cinco gramas.

Estudo recente no New England Journal of Medicine apontou que diminuir o consumo de sal pode reduzir doenças cardiovasculares tanto quanto parar de fumar, combater a obesidade e controlar o colesterol. O problema é que a tabela nutricional das embalagens não informa a quantidade de sal e sim a de sódio - um dos componentes do sal de cozinha e o verdadeiro causador da pressão alta.

Para aumentar a confusão, o sódio não está apenas em alimentos salgados, mas também em conservantes (nitrito de sódio e nitrato de sódio), adoçantes (ciclamato de sódio e sacarina sódica), fermentos (bicarbonato de sódio) e realçadores de sabor (glutamato monossódico).

Genes da Longevidade

Hábitos saudáveis provavelmente são o fator mais importante para se chegar bem aos 80 anos, mas para sobreviver aos 100 é preciso ajuda do DNA. Isso é o que indica estudo publicado na Science, no qual pesquisadores norte-americanos e italianos encontraram 150 marcadores genéticos - variações de uma única letra no material genético, espalhadas por todos os cromossomos humanos - cuja presença permite determinar, com 77% de precisão, se uma pessoa é centenária.

Há tempos a capacidade de viver 20 anos ou mais além dos 80 é, em sua maior parte, ditada pelos genes.

O fato de as 150 variações de DNA encontradas terem permitido identificar centenários com alta precisão indica que a longevidade excepcional tem forte base genética.

15% da população tem a assinatura genética que eleva a chance de viver até os 100 anos entre 65% e 98%.

sábado, 3 de julho de 2010

Anvisa decide dose máxima de sibutramina que médico pode prescrever...



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a dose máxima que um médico pode prescrever do remédio sibutramina: 15 miligramas diárias. Em março, a agência resolveu incluir o medicamento no rol das substâncias psicotrópicas anorexígenas.

Com a mudança, a tarja da sibutramina mudou de vermelha para preta e o remédio passou a ser vendido apenas com a apresentação do receituário azul, com numeração determinada e controlada pela vigilância sanitária. A receita branca não oferece o mesmo controle.

Mas a resolução de março não especificou o tempo máximo de tratamento que poderia ser informado na receita. Até a resolução RDC n.º 25/2010, divulgada ontem, o período da terapia era de, no máximo, 30 dias. Foi ampliado para 60 dias. "A decisão foi acertada", afirma Rosana Radominsk, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Diabético precisa encarar sua realidade...

Mudar um comportamento adquirido durante anos, como o de comer o que se quer, é mais difícil do que parece. Para pessoas que descobrem o diabetes tipo 2, em geral após os 40 anos, controlar os gramas de carboidratos consumidos a cada refeição, abandonar os pratos gordurosos e doces e reduzir a quantidade de alimento é mais difícil até do que as picadas para medir a glicose ou tomar insulina.

Todo paciente é orientado sobre os riscos do excesso de açúcar no sangue, como a predisposição a infartos, derrames, doença renal crônica, cegueira e amputação de membros (porque muitos diabéticos perdem a sensibilidade de partes do corpo e eventuais feridas abrem caminho para infecções). Mas todas essas informações não bastam para vencer o desejo de ter uma vida como a da maioria, que come um docinho depois da refeição e toma uma cerveja no fim de semana.

Enquanto o diabetes tipo 2 costuma aparecer na idade adulta, o tipo 1, considerada uma doença autoimune, costuma ser diagnosticada bem mais cedo, na infância ou na adolescência. Se por um lado é duro ter a doença e continuar frequentando festinhas e eventos recheados de refrigerante e fast food, por outro, o fato de receber o diagnóstico cedo faz com que muitos desses jovens adquiram uma disciplina ferrenha mais rápido do que adultos que descobrem a doença.

Promover mudança de comportamento é um desafio, também, para os profissionais de saúde que lidam com diabéticos. Às vezes é preciso recorrer à criatividade para ensinar o paciente a se alimentar direito e cuidar da saúde. Especialmente quando se trata de crianças ou analfabetos. A necessidade de educar esse público fez com que tenha sido criado uma série de jogos, que ensinam a quantidade de carboidrato de cada alimento, a administrar a medicação e a cuidar dos pés de forma lúdica.

A iniciativa teve tanto efeito que o material foi patenteado e passou a ser comercializado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia.

Basta pesquisar na Internet para encontrar o material.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Diabetes na América Latina.

Urbanização, crescimento econômico e aumento dos índices de obesidade são fatores que formam o ambiente ideal para o crescimento do diabetes. Não à toa, a Fundação Mundial de Diabetes (World Diabetes Foundation – WDF) escolheu um país da América Latina para sediar, pela primeira vez, uma conferência de grandes proporções na região para discutir políticas públicas para prevenção e tratamento da doença.

Estima-se que 285 milhões de pessoas sofram de diabetes em todo o mundo, o que deve aumentar para 438 milhões em 20 anos. Na América Latina, o número estimado em 18 milhões deve aumentar 65%, chegando a quase 30 milhões de casos, conforme dados apresentados no Diabetes Summit for Latin America, que teve início nesta quarta-feira (30) em Salvador. No Brasil, que junto com o México está entre os dez países com maior incidência do mundo, a prevalência hoje é de 6,4% da população.

Uma das preocupações das autoridades em relação ao diabetes é que a doença abre caminho para uma série de outras enfermidades, especialmente as infecciosas. O risco de ter tuberculose aumenta até três vezes entre diabéticos.

Os custos com a doença justificam a necessidade de prevenção: no Brasil, estima-se que os gastos diretos e indiretos totalizem US$ 23 milhões por ano. Para se ter uma idéia do quão mais barato seria investir em programas de prevenção, Kapur cita o exemplo dos cuidados que o diabético deve ter com os pés, para evitar feridas e infecções. São US$ 3 para educar o paciente, contra US$ 550 gastos em uma amputação e outros US$ 650 em uma prótese.