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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

AUDIÇÃO DO RECÉM NASCIDO



Aproximadamente 1 em cada 1000 bebês nascidos nos Brasil tem perda severa de audição em ambos os ouvidos. Outros 5 em cada 1000 nascem com perda moderada de audição.

Na maior parte das vezes, essas crianças não são diagnosticadas como tendo essa perda de audição até que tenham 3 anos de idade em média.

Até mesmo uma perda de audição leve precoce pode afetar a fala, o desenvolvimento da linguagem e também o desenvolvimento social.

Por causa desses fatos, há muitos que acreditam que todas as crianças deveriam passar por uma triagem ao nascimento para afastar uma possível perda de audição.

Em 1993, o Ministério da Saúde lançou uma recomendação de que todos os bebês tenham uma triagem auditiva realizada antes da idade de 3 meses.

Em 1994, um comitê médico endossou a triagem universal de recém-nascidos para perda de audição.

Essencialmente todos concordam que a triagem universal das crianças é uma boa idéia.

Como deve ser o teste?

O teste para essa triagem deve ser preciso, fácil de realizar, barato, não invasivo, e amplamente disponível.

Existem testes para audição de recém nascidos?

Existem dois testes geralmente utilizados para triagem: as Emissões de Oto-Acústicas Evocadas (EOAE) e a Resposta Cerebral Auditiva Automatizada (ABR Automatizado).

Porém, esses testes são geralmente utilizados para triagem e não para estabelecer um diagnóstico definitivo.

O diagnóstico definitivo geralmente é feito com outros exames que devem ser discutidos com o seu médico.

Dificuldades para implementação do teste.

O teste mais fácil para fazer triagem em um grande número de recém-nascidos tem uma taxa de falso positivo muito alta. Foi estimado que até 20% das crianças poderiam ter um teste falsamente sugestivo de perda auditiva.

Para interpretar qualquer teste com precisão, há necessidade de saber quais valores são normais e anormais. Atualmente, os valores normais são em grande parte baseados em adultos. Bebês podem ter valores diferentes de normalidade

Que indicações existem hoje?

O que é recomendado hoje é a identificação de bebês em situação de risco para a perda auditiva e, então, a avaliação delas.

São bebês com risco de perda auditiva aqueles:

•Com uma história familiar de perda de audição na infância por causa hereditária.
•Os que têm malformações da cabeça.
•Nascidos com certas infecções intra-uterinas.
•Os que tiveram meningite.
•Com peso de nascimento abaixo de 1.500 gramas.
•Aqueles que necessitaram ventilação mecânica ao nascimento por cinco dias ou mais.

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