Pesquisar este blog

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Fraude na saúde



O Ministério Público de São Paulo informou que 272 promotores da cidadania vão investigar todos os contratos entre hospitais estaduais e empresas fornecedoras de materiais médicos. O trabalho é continuidade da Operação Parasitas, que prendeu cinco empresários suspeitos de fraudar licitações de materiais e insumos médico-hospitalares.

Segundo o Ministério Público, as licitações fraudadas nos últimos quatro anos, apenas para o governo do Estado, ultrapassaram o valor de R$ 56 milhões. Em alguns casos, os preços seriam superfaturados em mais de 400%. O governo de São Paulo informou que a quadrilha causou prejuízos aos cofres públicos de mais de R$ 100 milhões.

Segundo as investigações da Operação Parasitas, os empresários participavam de licitações e, mediante pagamento de propina a agentes públicos, conseguiam eliminar concorrentes do pregão e anular eventuais recursos. Em alguns casos, essas empresas já chegavam ao pregão com um vencedor pré-estabelecido e, além de superfaturar os valores das vendas, entregavam materiais de qualidade duvidosa e em quantidade inferior àquela estabelecida pelo edital.

Contratos com prefeituras
Na próxima semana, o Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo vai acionar a unidade do Vale do Paraíba para investigar agentes políticos supostamente envolvidos em casos de corrupção. Um dos focos da investigação serão os contratos entre a Home Care Medical e prefeituras da região.

Em Taubaté, a prefeitura mantém desde fevereiro de 2003 um contrato com a empresa para o fornecimento de medicamentos. Já em Caçapava, o contrato foi firmado com a prefeitura em outubro de 2006.

A Prefeitura de Caçapava informou, por meio de sua assessoria, que o contrato com a Home Care está regular e foi aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). O diretor de Saúde de Taubaté, Pedro Henrique Silveira, afirmou que são feitas freqüentemente auditorias nas faturas da empresa e não foram encontradas irregularidades.

Nenhum comentário: