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terça-feira, 2 de setembro de 2008

Má qualidade do sono está elevando a pressão arterial em adolescentes.


Um recente estudo sugere que um sono de “má qualidade” pode elevar os níveis de pressão arterial entre adolescentes saudáveis e sem outros fatores de risco.

Dr. Sogol Javaheri (Case Western Reserve School of Medicine, em Cleveland, OH) e seus colaboradores relataram, no estudo publicado no número de 18 de agosto da revista Circulation, ser este o primeiro trabalho deste tipo que demonstra uma relação entre o sono inadequado – ou de baixa qualidade – com hipertensão arterial ou hipertensão limítrofe entre adolescentes que não apresentam apnéia do sono.

Os autores salientam que enquanto a relação entre a hipertensão e o sono insuficiente está bem documentada entre adultos, os poucos estudos voltados para os pacientes mais jovens buscaram essa associação em crianças com apnéia do sono, que já é reconhecidamente um fator de risco para hipertensão e doenças cardiovasculares.

Dra. Susan Redline, do Case Western Reserve, e autora sênior desse estudo, acredita que apesar dos jovens não estarem tipicamente na mira dos cardiologistas, estes profissionais devem estar atentos para o fato de que os distúrbios do sono são possíveis fatores de risco em qualquer idade.

A pesquisadora disse que “qualidade e quantidade de sono são aspectos fundamentais de saúde que têm impacto sobre processos homeostáticos que afetam os fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Estes dados, somados a um número cada vez maior de trabalhos da literatura, enfatizam que além da prática de exercícios e uma dieta balanceada, a quantidade e a qualidade do sono é importante para a manutenção da saúde”.

Os pesquisadores observaram que os adolescentes com sono em pouca quantidade (duração inferior a 6,5 horas) e de baixa eficiência, ou seja, com dificuldades em iniciar o sono ou que acordavam cedo, apresentavam chances maiores de apresentar hipertensão limítrofe, definida como a ocorrência de um nível tensional igual ou superior à maioria dos jovens da mesma idade, sexo e altura. Mesmo após o ajuste de outros possíveis fatores coadjuvantes, os adolescentes com distúrbios do sono apresentavam pressão sistólica, em média, 4 mmHg maior do que a dos demais pacientes.

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