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domingo, 31 de agosto de 2008

Compostos extraídos de algas podem gerar o primeiro medicamento brasileiro contra Aids.

Três novas substâncias promissoras para o combate à Aids foram apresentados por pesquisadores brasileiros nesta sexta-feira. Os compostos foram obtidos a partir de algas marinhas encontradas no litoral brasileiro.O estudo foi realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Fiocruz, em parceria com a Fundação Ataulpho de Paiva (FAP) e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Também contou com apoio do Programa Nacional DST/Aids, do Ministério da Saúde.Além do potencial de se tornarem anti-retrovirais 100% brasileiros -o país gasta mais de R$ 1 bilhão por ano com drogas desenvolvidas no exterior-, os medicamentos teriam a vantagem de apresentar baixa toxicidade, segundo os pesquisadores. Em testes in vitro, s substâncias foram capazes de inibir a replicação do HIV-1 em células envolvidas no sistema imunológico. Os resultados foram positivos mesmo em doses baixas, o que pode levar a medicamentos com menos efeitos colaterais que os existentes.Segundo o líder da pesquisa, o imunologista Luiz Roberto Castello Branco, chefe do Laboratório de Imunologia Clínica do IOC e diretor científico da FAP, os testes clínicos (em pacientes) podem começar já em 2010.As substâncias em estudo podem ser utilizadas tanto para medicamentos destinados ao tratamento de pessoas vivendo com o HIV-1 quanto para a prevenção da contaminação, através do desenvolvimento de um microbicida de aplicação local. O microbicida é voltado para uso vaginal, permitindo às mulheres a prevenção mesmo sem o consentimento dos parceiros. Os testes para o uso microbicida das substâncias incluem, além dos testes celulares in vitro e in vivo, a testagem em fragmentos de útero infectados pelo HIV, retirados por biópsia e mantidos vivos em cultura em laboratório. A técnica foi desenvolvida no Saint George's University of London, na Inglaterra e foi transferida para o Laboratório de Imunologia Clínica do IOC. Uma das substâncias investigadas pela iniciativa brasileira já foi testada com sucesso no centro de pesquisa inglês, por uma pesquisadora do Laboratório de Imunologia Clínica do IOC. O composto está entre os 30 candidatos aceitos pela Aliança para o Desenvolvimento de Microbicidas, organização internacional apoiada pela Fundação Bill & Melinda Gates, e é o único desenvolvido por um grupo latino-americano.

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