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domingo, 31 de agosto de 2008

Compostos extraídos de algas podem gerar o primeiro medicamento brasileiro contra Aids.

Três novas substâncias promissoras para o combate à Aids foram apresentados por pesquisadores brasileiros nesta sexta-feira. Os compostos foram obtidos a partir de algas marinhas encontradas no litoral brasileiro.O estudo foi realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Fiocruz, em parceria com a Fundação Ataulpho de Paiva (FAP) e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Também contou com apoio do Programa Nacional DST/Aids, do Ministério da Saúde.Além do potencial de se tornarem anti-retrovirais 100% brasileiros -o país gasta mais de R$ 1 bilhão por ano com drogas desenvolvidas no exterior-, os medicamentos teriam a vantagem de apresentar baixa toxicidade, segundo os pesquisadores. Em testes in vitro, s substâncias foram capazes de inibir a replicação do HIV-1 em células envolvidas no sistema imunológico. Os resultados foram positivos mesmo em doses baixas, o que pode levar a medicamentos com menos efeitos colaterais que os existentes.Segundo o líder da pesquisa, o imunologista Luiz Roberto Castello Branco, chefe do Laboratório de Imunologia Clínica do IOC e diretor científico da FAP, os testes clínicos (em pacientes) podem começar já em 2010.As substâncias em estudo podem ser utilizadas tanto para medicamentos destinados ao tratamento de pessoas vivendo com o HIV-1 quanto para a prevenção da contaminação, através do desenvolvimento de um microbicida de aplicação local. O microbicida é voltado para uso vaginal, permitindo às mulheres a prevenção mesmo sem o consentimento dos parceiros. Os testes para o uso microbicida das substâncias incluem, além dos testes celulares in vitro e in vivo, a testagem em fragmentos de útero infectados pelo HIV, retirados por biópsia e mantidos vivos em cultura em laboratório. A técnica foi desenvolvida no Saint George's University of London, na Inglaterra e foi transferida para o Laboratório de Imunologia Clínica do IOC. Uma das substâncias investigadas pela iniciativa brasileira já foi testada com sucesso no centro de pesquisa inglês, por uma pesquisadora do Laboratório de Imunologia Clínica do IOC. O composto está entre os 30 candidatos aceitos pela Aliança para o Desenvolvimento de Microbicidas, organização internacional apoiada pela Fundação Bill & Melinda Gates, e é o único desenvolvido por um grupo latino-americano.

sábado, 30 de agosto de 2008

Dor emocional 'dura mais que dor física', diz estudo.


Experiências emocionalmente dolorosas sobrevivem mais tempo na memória que a dor física, afirmaram psicólogos americanos. O estudo da Universidade Purdue, em Indiana, foi feito com base em respostas de voluntários, todos universitários, sobre os eventos dolorosos que eles tinham vivenciado nos últimos cinco anos.

Primeiro, eles foram estimulados a recordar dores físicas e emocionais que haviam vivenciado. Depois, foram submetidos a um difícil teste mental, partindo do princípio de que quanto mais dolorosa a lembrança da experiência, pior o desempenho nos testes.

O resultado sugeriu que as lembranças de dores emocionais eram muito mais vívidas que as outras. Nos testes, as pessoas que recordaram de dores físicas se saíram melhor.

Social evolução
Em um artigo na revista médica Psychological Science, os cientistas disseram que é muito mais difícil reviver a dor física que relembrar dores "sociais".

Zhansheng Chen, que liderou a pesquisa, disse que a razão provavelmente está relacionada à evolução do córtex cerebral, que processa pensamentos complexos, percepção e linguagem.

"Isto certamente melhorou a capacidade dos humanos de criar e se adaptar, de se relacionar em grupos e com grupos, comunidades e culturas, e de responder à dor associada às interações sociais", afirmou o pesquisador.

"Entretanto, o córtex cerebral também pode ter tido um efeito não-intencional de permitir aos humanos reviver, re-experimentar e sofrer a dor social".

Os pesquisadores agora pretendem repetir o experimento com pessoas mais velhas, com maior probabilidade de ter suportado dor crônica.

O psicólogo infantil Michael Hughesman concorda que é possível que a dor emocional seja processada em uma parte do cérebro diferente da que processa a dor física, e que por isso a 'duração' da dor seja diferente nos dois casos.

"Há algo de intangível em relação ao dano emocional. Com a dor física, você pode ver a ferida, mas no abuso emocional normalmente há temor e ansiedade remanescentes", afirmou.

"Se alguém no parquinho da escola diz que vai te pegar após a aula, você tende a ficar ansioso e com medo, mais que se alguém simplesmente chegar e bater em você".

fonte: BBC

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Equipe recria células do ouvido que se perdem em deficientes auditivos.


Trabalho feito com camundongos traz esperança contra surdez.

Alterações genéticas em embriões de camundongo podem ser um passo importante para uma futura terapia contra deficiências auditivas severas, mostra um estudo na última edição da revista científica "Nature" . Uma equipe de pesquisadores americanos usou a inserção de um gene para criar uma quantidade extra de células capilares internas -- as estruturas que transmitem as vibrações do som para o sistema nervoso. E mais: verificaram que as células geneticamente modificadas realmente funcionam como deveriam.

Como o sumiço dessas células é a principal causa da perda de audição, replicar a façanha em seres humanos corresponderia a uma forma de terapia genética contra a surdez parcial ou total. No entanto, John V. Brigande, co-autor do estudo e pesquisador Centro de Pesquisas da Audição do Oregon (EUA), pede cautela. "Nosso objetivo era expressar [ativar] de forma diferente um gene e caracterizar seu fenótipo [a manifestação daquela característica]. Outras pessoas é que estão rotulando o trabalho como terapia genética. Adotar ou não essa abordagem ainda é uma questão em aberto".

Não é a primeira vez que uma baciada extra de células capilares do ouvido (apelidadas pelos pesquisadores de "células supranumerárias") foi produzida, mas até então ninguém havia demonstrado que elas funcionavam como deveriam. Pode-se considerar as células capilares como o "meio de campo" do sistema auditivo. Localizadas no ouvido interno, elas primeiro captam as vibrações sonoras, que são transmitidas pela vibração do ar e do líquido que existe nessa região do sistema auditivo. Depois, outras células capilares traduzem essas vibrações em sinais elétricos, os quais, então, são repassados por neurônios ao cérebro, finalmente levando à percepção do som.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Alergia & Ácaros


O ácaro é o principal agente de substâncias causadoras de alergias numa casa. Ácaros, fungos e bactérias causam conjuntivite, eczema, sensação de peito fechado à noite, espirros, coceira nas mãos ou face, corrimento ou bloqueio e até mesmo asma. Camas, colchões e travesseiros mantêm microclimas cujo grau de calor e umidade são favoráveis ao surgimento de ácaros. Estudos práticos demonstraram que, após 6 anos de uso, um travesseiro pode ter 10% de seu peso em ácaros, seus detritos e fragmentos de pele humana.

No que se refere à poluição ambiental, é preciso diferenciar alguns tipos de poluentes. Os ácaros, que são poluentes biológicos, agridem mais as pessoas alérgicas. Eles pertencem à família dos aracnídeos e possuem quatro pares de patas como as aranhas. Basicamente, o que fazem na vida é alimentar-se, pôr ovos e brigar com os outros ácaros. Existem mais de 30 mil espécies de ácaros. O carrapato é um deles, mas os que mais causam doenças alérgicas vivem dentro de nossas residências. São os dermatofagóides, ou comedores de pele (dérmato quer dizer pele e fagóide significa que come). Eles proliferam onde houver descamação de pele e necessitam de um ambiente escuro, úmido e quente como os fungos. Nas nossas casas, embora carpetes, estofados e armários possam abrigar muitos ácaros, o colchão é o lugar ideal para eles. O calor e a umidade de nosso corpo, a descamação natural da pele, lençóis e colchas que mantêm o escurinho e a umidade que se mantêm mesmo durante o dia propiciam as condições de que necessitam para se desenvolverem.

Em geral, o ácaro fica retido entre as fibras do colchão, não em sua superfície. O que provoca alergia é o animal morto que se solta das fibras e elimina bolotas fecais extremamente alergizantes. Quando a pessoa se senta ou se deita na cama, é como se pulverizasse essas substâncias para o ar, que voltam a cair e são inaladas.

Tudo é paliativo. O ideal é não ter ácaros. Esses pequenos animais ficam presos nas fibras dos tecidos, e os aparelhos não têm como removê-los dali. Os que produzem vapor quente conseguem matar os ácaros porque eles morrem a 60º. O problema, porém, é que umedecem o tecido e, como não se consegue secar completamente o colchão, o carpete ou o estofado, depois de algum tempo a população de ácaros aumenta muito. O ácaro vive mais ou menos cem dias e a fêmea coloca cerca de dois ovos por dia, portanto 200 durante a vida.

Parentes próximos das aranhas e carrapatos, os ácaros são organismos microscópicos, transparentes e com aparência de gelatina. Sua remoção é difícil, mesmo com o uso do aspirador de pó, pois agarram-se às fibras com unhas e pinças. O que provoca alergia nos seres humanos é a enzima Der P1, liberada em suas fezes. O clima brasileiro é ideal para que essa espécie procrie, já que os ácaros precisam de temperaturas acima de 20°C e umidade relativa do ar entre 60 e 70%.

ALERGIA:
Introdução:

O ser humano se encontra cercado por uma grande diversidade de agentes capazes de provocar patologias, contra as quais o nosso organismo pode se defender graças ao sistema que nos protege de substâncias estranhas de maneira eficaz.

O sistema imunológico é aquele que permite o reconhecimento dessas substâncias, montando em contrapartida uma resposta frente às estruturas ou agentes que lhe são estranhos, com a intenção de preservar a integridade do dito organismo. Isso é o que é conhecido como "resposta imunológica". O sistema imunológico é constituído por uma grande diversidade de células e órgãos (onde estas células amadurecem e desenvolvem).

Ademais, diversas substâncias são produzidas em resposta aos mencionados agentes agressores.

Definição:

A alergia é uma resposta exagerada do nosso organismo quando este entra em contato com determinadas substâncias provenientes de fora, podendo produzir uma lesão nos tecidos ou uma enfermidade.

Os Alergênios:

Os alergênios são aquelas substâncias capazes de desencadear uma reação alérgica. Podem ser classificados de acordo com a causa em:

Inalantes: Poeira doméstica, fungos, ácaros, pelos de animais, pólens.
Digestivos: Alimentos (trigo, ovos, cítricos, chocolate, pescado, soja), medicamentos (penicilina, aspirina).
Infectantes: Parasitas, bactérias, vírus.
Injetáveis: Medicamentos, venenos por picadas de insetos.
Através de Contato: Cimento, cromo, níquel, cosméticos, látex.

Reação Alérgica:

Todos estamos expostos a muitos alergênios e, na maioria, convivemos com eles sem problemas. Em uma pessoa não alérgica, a reação protetora que o organismo produz contra estas substancias é nula ou de baixa intensidade e permanece despercebida; enquanto em uma pessoa alérgica se desencadeará uma resposta exagerada cada vez que entre em contato com seu alergênio. Estas são as chamadas atópicas (aquelas pessoas predispostas geneticamente a desenvolver uma resposta exagerada contra estímulos provenientes do meio ambiente).

Quando uma substância estranha (alergênio ou antígeno) entra em contato com as células que compõem o sistema imunológico, inicia-se uma série de reações que culminam na formação de moléculas que, ao se unirem ao tal alergênio, conseguem destruir e, posteriormente, eliminá-lo. Estas moléculas mostram uma grande tendência a se unirem posteriormente a outros componentes celulares do sistema imunológico.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Corpo sadio em mente sadia!


Quem não quer ter um corpinho desses de manequim, que aparecem em outdoors ou anúncios de revista? Claro que os especialistas em propaganda escolhem "a dedo" as pessoas, os profissionais, que irão aparecer nas imagens que anunciarão determinado produto.

Mas isso acabou criando um ideal para a maioria das pessoas, particularmente entre os mais jovens, que têm dentro de suas propostas, possuir um corpo bem definido e bem delineado, para que sejam admirados e para que possam "conquistar" outras pessoas com maior facilidade, ou, ainda, para que tenham algo semelhante com uma melhor auto-estima.

Por isso, a busca por recursos que facilitem adquirir tal "corpinho", particularmente entre os rapazes, leva-os a partirem para uma proposta perigosa: o uso de anaboliantes ou substâncias que facilitem o ganho de massa muscular, dando-lhes as formas físicas que tanto desejam.

Mas sabemos que os produtos anabolizantes (anabolizantes são drogas que ajudam na construção de tecidos orgânicos, como a massa muscular. Isso é importante em casos especiais, como, por exemplo, em alguns casos de pós-operatórios de cirurgias extensas ou em pessoas desnutridas) têm riscos para a saúde que podem ser evitados com atitudes naturais, com propostas mais equilibradas para a saúde do corpo.

Os anabolizantes podem apresentar os seguintes problemas:

Efeitos colaterais dos anabolizantes:
- Alteração do colesterol
- Aparecimento de espinhas
- Arritmia cardíaca
- Aumento da agressividade
- Aumento de pressão arterial
- Desenvolvimento de pêlos no corpo
- Sobrecarga no fígado, com lesões, algumas vezes, irreversíveis para este órgão

Comum aos homens:
- Câncer de próstata
- Ginecomastia (desenvolvimento de seios em homens)
- Inibição da produção de espermatozóides, podendo haver atrofia dos testículos em casos mais severos

Comum às mulheres:
- Engrossamento da voz
- Hipertrofia (aumento) do clitóris
- Involução das mamas

Entretanto, os suplementos alimentares complementam a necessidade nutricional de uma pessoa. As vitaminas e minerais também se encaixam nessa função. Além de suprirem os gastos energéticos de um trabalho físico intenso e o estresse da musculatura, os suplementos são usados também na área clínica e hospitalar. Isso, particularmente, para aqueles que têm atividade física intensa e que desejam o corpo "sarado", tão propagado pela mídia.

O desejável, porém, é que o processo de evolução não se restrinja ao corpo, ou ainda melhor, que não se inicie no corpo, mas na mente humana, admitindo, cada um, que a mente sadia gerará um corpo saudável, ainda que não seja esteticamente tão desejável como aquele que está na capa ou na contra-capa de uma revista famosa.

Para isso, a espiritualização da pessoa, levando-a a ter uma Vida mais respeitosa para consigo própria e para com o próximo é o mínimo que precisamos fazer.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Ditados sobre ódio, sentimento que adoece o próprio criador!


1. Não tenho preconceitos. Odeio a todos igualmente. W. C. Fields.

2. "A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena!"

3. Quanto menor é o coração, maior é o ódio que ele abriga. Anônimo

4. O hipócrita que odeia esconde o seu ódio atrás da bajulação.

5. Jamais saberemos porque nos encantamos por alguém, porém , com certeza saberemos porque nos desencantamos por esse alguém.

6. As paz faz crescer as pequenas coisas, a guerra arruína as grandes. Salustio.

7. Temos bastante religião para fazer-nos odiar uns aos outros, mas não o bastante para que amemos uns aos outros. Jonathan Swift.

8. Se tiveres paciência num momento de Raiva, cem dias de pesar evitarás. Provérbio Chinês

9. O psicótico diz: dois e dois são cinco. O neurótico sabe que dois e dois são quatro e odeia isto. Gordon Gommack

10. O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença. Érico Veríssimo

11. Habitualmente detestamos o que nos é semelhante e nossos próprios defeitos vistos de fora nos exasperam. Marcel Proust.

12. A astúcia é sabedoria - eis o que exigem situações cotidianas de agressão. Seria insensato meter-se em perigo apenas para extravasar uma reação de Raiva impulsiva. Elisabeth Shue

13. Fale quando você estiver com Raiva. Fará o melhor discurso do qual se arrependerá. Ambrose Bierce

14. O ódio é a vingança do covarde contra aquilo que o intimidou. George B Shaw.

15. O tolo mostra toda a sua Raiva, mas quem é sensato se cala e a domina. Pv 29: 11

16. Egoísta é uma pessoa que não pensa em mim. Eugène Labiche

17. Dize-me o que te incomoda que eu te direi quem és. Oliviero Toscani

18. O ódio é, de longe, o prazer que dura mais. Os homens amam depressa, mas detestam devagar. Lord Byron

19. A exceção só é odiosa para os outros. Machado de Assis

20. Olho por olho e o mundo acabará cego. Gandhi.

21. Quando você se ofender com as faltas de alguém, vire-se e estude os seus próprios defeitos. Cuidando deles, você esquecerá a sua Raiva e aprenderá a viver sensatamente. Marco Aurélio

22. Hay que endurecer se sin perder la ternura, jamas. Che Guevarra.

23. Nem sempre é bom dizer tudo aquilo que temos no coração, mas seria bom não ter no coração aquilo que não se deve dizer. Anônimo

24. Se os que falam mal de mim soubesse o que penso deles, falariam pior ainda. Sacha

25. Não compense na ira o que lhe falta na razão. Provérbio Chinês

26. O ódio provoca brigas, mas o amor perdoa todas as ofensas. Pv 10: 12

27. Qualquer um pode zangar-se - isto é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa - é muito difícil. Aristóteles

28. A cólera não aceita a presença da razão. Adágio Popular

29. Não tome nenhuma medida enquanto estiver zangado. S. Brown

30. Quando aponta com um dedo para o outro, lembra que os outros três dedos apontam para você. Provérbio inglês.

31. Quando fica zangado ou frustrado, o que é que você bota pra fora? Seja lá o que for, é um bom indício de como você é por dentro. S. Brown

32. Nada no mundo consome o homem mais completamente do que a paixão do ressentimento. Nietzsche

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Exercício pode ajudar cérebro de epiléptico.


Correr na esteira por uma hora ao dia ajuda a proteger o cérebro epiléptico. Estudos feitos com ratos na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) mostram que as crises da doença podem cair até 50% com a prática de exercício físico.

"O mecanismo neurológico exato [que dá a proteção] não é totalmente conhecido, mas já temos vários indícios", disse à Folha o pesquisador Ricardo Mario Arida, que há 20 anos estuda o tema no Departamento de Fisiologia daquela universidade paulista. A epilepsia atinge de 2% a 4% da população dos países pobres.

Os resultados obtidos por Arida, que foram divulgados anteontem durante a 23ª Reunião Anual da Fesbe (Federação de Sociedade de Biologia Experimental), conseguiram medir o aumento da taxa metabólica cerebral em duas partes específicas do cérebro, o colículo inferior e o córtex auditivo.

"Ambas estão relacionadas com o sistema de alerta e vigilância", afirmou Arida. Além do indício elétrico, os trabalhos, segundo o pesquisador -que é formado em educação física-, também detectaram um aumento na liberação de neurotransmissores no cérebro epiléptico.

É todo um conjunto de fatores, de acordo com Arida, que faz o cérebro do animal com epilepsia induzida ter uma plasticidade diferente e ficar mais atento.

"Também detectamos uma presença maior da proteína parvalbumina no cérebro dos roedores que faziam atividade física", disse o pesquisador da Unifesp. Essa proteína ajuda o sistema de proteção do cérebro.

As medições feitas nos ratos epilépticos indicam que não foi apenas o número de crises que caiu.

No modelo em questão, o de epilepsia do lobo temporal - a variedade da doença mais resistente aos medicamentos convencionais - o chamado limiar do cérebro contra a doença também subiu. "As crises começam mais tarde nos animais treinados", afirmou.

sábado, 23 de agosto de 2008

Pensamento Mágico


Havendo saúde mental, os estímulos para que o raciocínio se desenvolva devem provir de fontes externas e internas. Mas o pensamento não é guiado apenas por considerações estritamente atreladas à realidade, ele também flui motivado por estímulos interiores, abstratos e afetivos ou até instintivos. A criação humana, por exemplo, ultrapassa muitas vezes a realidade dos fatos, refletindo estados interiores variados e de enorme valor para a construção de nosso patrimônio cultural.

Voltar-se para o mundo interno significa que o pensamento se manifesta sob a forma de Devaneios - uma espécie de servidão das idéias às nossas necessidades mais íntimas, aos nossos afetos e paixões. Enquanto há saúde mental, entretanto, nossos devaneios são sempre voluntários e reversíveis; eles devem ser nossos servos e não nossos senhores.

Em estados mais doentios, esses devaneios ou fugas da realidade são emancipados da vontade, são impostas ao indivíduo de forma absoluta e tirânica. Parece tratar-se de um indivíduo que despreza a realidade e vive uma realidade nova que lhe foi imposta involuntariamente, da qual não consegue libertar-se.

A própria concepção da realidade pode sofrer alterações nos transtornos psíquicos. Em determinados estados neuropsicológicos a realidade pode sofrer alterações de natureza bioquímica, funcional ou anatômica. Em outros estados, agora de natureza psicopatológica, os elementos da realidade também podem ser deturpados por fatores afetivos, emocionais ou psíquicos, de forma a prevalecer uma concepção do mundo determinada exclusivamente pelo interior de ser e não mais pela lógica comum a todos nós.

Ao pensamento que se afasta da realidade morbidamente, ou seja, doentiamente, damos o nome de Pensamento Derreísta em oposição ao Pensamento Realista, atrelado à realidade. Falamos “se afasta morbidamente da realidade” porque esse tipo de pensamento não mais depende do arbítrio que todos temos em fantasiar e voltar à realidade voluntariamente. Ele devaneia obrigatoriamente, sendo negado ao paciente a faculdade de entendimento dos limites de nossas fantasias, quando nos imaginamos ganhadores da loteria ou coisas assim, e da realidade, com a consciência plena de nossa situação.

Para aqueles que acreditam ser normal e até desejável que a pessoa tenha seus pensamentos exclusivamente atrelados ao concreto e ao real, lembramos que essa limitação imposta ao pensamento, fazendo-o incapaz de afastar-se do absolutamente concreto, leva o nome de Concretismo, que também é uma alteração da forma do pensamento.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Lupus Eritematoso Sistêmico


O Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica de causa desconhecida, onde acontecem alterações fundamentais no sistema imunológico da pessoa, atingindo predominantemente mulheres. O sistema imunológico é uma rede complexa de órgãos, tecidos, células e substâncias encontradas na circulação sanguínea, que agem em conjunto para nos proteger de agentes estranhos.

Uma pessoa que tem LES, desenvolve anticorpos que reagem contra as suas células normais, podendo consequentemente afetar a pele, as articulações, rins e outros órgãos. Ou seja, a pessoa se torna "alérgica" a ela mesma, o que caracteriza o LES como uma doença auto-imune.

Mas não é uma doença contagiosa, infecciosa ou maligna. A maioria dos casos de LES ocorre esporadicamente, indicando que fatores genéticos e ambientais tem um papel importante na doença.

O Lupus varia enormemente de um paciente para outro, de casos simples que exigem intervenções médicas mínimas, à casos significativos com danos à órgãos vitais como pulmão, coração, rim e cérebro. A doença é caracterizada por períodos de atividade intercaladas por períodos de remissão que podem durar semanas, meses ou anos. Alguns pacientes nunca desenvolvem complicações severas.

Em 1851, o médico francês Pierre Lazenave observou pessoas que apresentavam "feridinhas" na pele, como pequenas mordidas de lobo. E em 1895, o médico canadense Sir William Osler caracterizou melhor o envolvimento das várias partes do corpo e adicionou a palavra "sistêmico" à descrição da doença.
Lupus=lobo eritematoso=vermelhidão sistêmico=todo

O "American College of Rheumatology", uma associação americana que reune profissionais reumatologistas, estabeleceu em 1971 e revisou em 1982, 11 critérios que definem o quadro de Lupus. Estes critérios foram modificados em 1997. Uma pessoa pode ter LES se 4 critérios estiverem presentes:

Critérios de pele:
1 - mancha "asa borboleta" (vermelhidão característica no nariz e face)
2 - lesões na pele (usualmente em áreas expostas ao sol)
3 - sensibilidade ao sol e luz (lesões após a exposição de raios ultravioletas A e B)
4 - úlceras orais (recorrentes na boca e nariz)

Critérios sistêmicos:
5 - artrite (inflamação de duas ou mais juntas periféricas, com dor, inchaço ou fluído)
6 - serosite (inflamação do revestimento do pulmão - pleura, e coração - pericárdio)
7 - alterações renais (presença de proteínas e sedimentos na urina)
8 - alterações neurológicas (anormalidades sem explicações - psicose ou depressão)

Critérios laboratoriais:
9 - anormalidades hematológicas (baixa contagem de células brancas - leucopenia, ou plaquetas - trombocitopenia, ou anemia causada por anticorpos contra células vermelhas - anemia hemolítica)
10 - anormalidades imunológicas - (células LE, ou anticorpos anti-DNA, ou anticorpos SM positivos, ou teste falso-positivo para sífilis)
11 - fator antinúcleo positivo (FAN)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Os Motoqueiros Fantasmas


De acordo com o levantamento da CET, a participação das motocicletas na frota paulistana foi de 10%, mas a participação delas nos acidentes foi de 22,9%, com um saldo de 345 mortes. “A estatística mostra que o risco de morte no trânsito na moto é dez vezes maior do que no carro. O motorista corre um risco muito grande.

Há muuuuito tempo atrás, eu fiz um curso dentro de instalações da Honda, para poder ser habilitado em pilotagem de motocicletas. Lembro-me muito bem de uma instrução básica dada pelos instrutores (claro, instrução seria dada por quem?): pilote como se você estivesse dirigindo um carro. Mas qual o significado disso? Simples: o motociclista DEVE ficar ATRÁS de um carro e NÃO PASSAR ENTRE OS CARROS OU OUTROS VEÍCULOS.

Simples, mas não aplicado no trânsito. Resultado: em média uma morte de motociclista ao dia, em São Paulo. Péssima estatística!
O que fazer? Uma ENORME campanha de conscientização para que os motoqueiros não venham a ser motoqueiros do além ou motoqueiros fantasmas. E por muuuito tempo, até sedimentar o conceito do respeito ao carro, ao caminhão, ao pedestre (eles são atropelados pelas motos!) e etc.

Multar MESMO os motoqueiros por conta de atrocidades que fazem no meio dos veículos, como quebrar retrovisores e outras coisas incogruentes.
Criar uma pista só para motos me parece divertido: os motoqueiros terão uma arena só para disputarem entre eles o espaço, com a mesma violência que o fazem com os carros e outros veículos.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Violência Doméstica


A violência doméstica é um problema que atinge milhares de crianças, adolescentes, e mulheres. Esta página começava com essas palavras, até que recebi e-mail de um leitor ressaltando a falha e injustiça de excluir, do rol dos prejudicados, os homens. Portanto, podemos começar de novo dizendo que: A violência doméstica é um problema universal que atinge milhares de pessoas, em grande número de vezes de forma silenciosa e dissimuladamente.

Trata-se de um problema que acomete ambos os sexos e não costuma obedecer nenhum nível social, econômico, religioso ou cultural específico, como poderiam pensar alguns.

Sua importância é relevante sob dois aspectos; primeiro, devido ao sofrimento indescritível que imputa às suas vítimas, muitas vezes silenciosas e, em segundo, porque, comprovadamente, a violência doméstica, incluindo aí a Negligência Precoce e o Abuso Sexual, podem impedir um bom desenvolvimento físico e mental da vítima.

Segundo o Ministério da Saúde, as agressões constituem a principal causa de morte de jovens entre 5 e 19 anos. A maior parte dessas agressões provém do ambiente doméstico. A Unicef estima que, diariamente, 18 mil crianças e adolescentes sejam espancados no Brasil. Os acidentes e as violências domésticas provocam 64,4% das mortes de crianças e adolescentes no País, segundo dados de 1997.

Violência Doméstica, segundo alguns autores, é o resultado de agressão física ao companheiro ou companheira. Para outros o envolvimento de crianças também caracterizaria a Violência Doméstica.
A vítima de Violência Doméstica, geralmente, tem pouca auto-estima e se encontra atada na relação com quem agride, seja por dependência emocional ou material. O agressor geralmente acusa a vítima de ser responsável pela agressão, a qual acaba sofrendo uma grande culpa e vergonha. A vítima também se sente violada e traída, já que o agressor promete, depois do ato agressor, que nunca mais vai repetir este tipo de comportamento, para depois repetí-lo.
Em algumas situações, felizmente não a maioria, de franca violência doméstica persistem cronicamente porque um dos cônjuges apresenta uma atitude de aceitação e incapacidade de se desligar daquele ambiente, sejam por razões materiais, sejam emocionais. Para entender esse tipo de personalidade persistentemente ligada ao ambiente de violência doméstica poderíamos compará-la com a atitude descrita como co-dependência, encontrada nos lares de alcoolistas e dependentes químicos .

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Disfunção Erétil


A Disfunção Erétil, antes conhecida por impotência, é a incapacidade de se obter ou manter uma ereção adequada para a prática da relação sexual. Não deve ser confundida com a falta ou diminuição no "apetite sexual", nem como dificuldade em ejacular ou em atingir o orgasmo.

A Impotência Sexual não pode ser encontrada nas classificações internacionais de doenças com este nome genérico. Na realidade o DSM.IV aborda o problema subdividindo o tema em vários tópicos. Fala-se em Transtornos do Desejo Sexual, Transtorno da Excitação Sexual, Transtornos do Orgasmo e Transtornos de Dor Sexual.

Milhões de homens no mundo passam por esse problema da impotência sexual e as estatísticas mostram uma incidência de até 5% nos homens de 40 anos e até 25% nos de 65 anos.

De modo geral, quase todos aqueles que são sexualmente ativos já experimentaram um episódio de impotência pelo menos uma vez na vida.

De qualquer forma o ser humano teme muito qualquer tipo de Impotência Sexual, qualquer rebaixamento em seu desempenho sexual e esse medo tem grande base cultural. Isso provavelmente porque a impotência sempre foi um assunto cercado de muitos tabus.

Mas, o que realmente significa a impotência? De modo geral podemos dizer que a Impotência Sexual é uma disfunção sexual que incapacita o homem a obter ou manter a satisfação sexual. Alguns urologistas acreditam que, de um modo geral, as causas da impotência são 70% dos casos ocasionados por problemas psicológicos, assim distribuídos: 95% dos casos atinge pessoas com 20 anos, 70% aos 48 anos, 30% entre os 60 e 70 anos. Os restantes 30% dos casos seriam decorrentes de problemas orgânicos.

Seja qual for sua natureza, orgânica ou psicológica, a Impotência Sexual costuma ter cura e, obviamente, o primeiro passo para a cura será um diagnóstico correto. Um dos exames realizados para estes diagnósticos é a eletroneuromiografia, ou teste de intumescência peniana noturna, realizada com auxílio de um equipamento denominado Rigiscan, em laboratórios de sono.

Como todo homem tende a ter ereção dormindo, esse aparelho mede a qualidade e a quantidade da ereção durante o sono. A grosso modo, se as ereções espontâneas noturnas forem satisfatórias, isto significa fortemente que o distúrbio tem fundo psicológico. Outro recurso usado para o diagnóstico é o Duplex scan ou ecodopler peniano, um equipamento usado para medir o fluxo arterial do pênis e identificar eventuais obstruções.

Não se sabe exatamente por que ocorrem as ereções noturnas e matinais. Determinados especialistas sugerem que o paciente tome sucessivos copos de água antes de deitar, para ver se acorda com ereção na manhã seguinte, atestando assim a origem emocional da impotência queixada. Este método dá certo porque a bexiga cheia provoca um estímulo nervoso reflexo que favorece a ereção.

Outro método menos popular para se conseguir uma ereção nos casos de impotência que precisam ser melhor esclarecidos são as injeções intracavernosas isto é, dentro do corpo cavernoso do pênis, de substâncias como a prostaglandina E1 e a fentolamina, as quais aumentam o fluxo sangüíneo das artérias, diminuem o calibre das veias e relaxam a musculatura local, produzindo a ereção. Este exame é feito no consultório e o remédio faz efeito em 10 a 20 minutos, e os pacientes com problemas psicológicos respondem positivamente a este exame.

domingo, 17 de agosto de 2008

O que é AVC...


Acidente vascular cerebral. Esse é o nome correto do que os leigos costumam chamar simplesmente de derrame, problema que responde por 10% das mortes no mundo a cada ano.

Aliás, o nome que caiu na boca do povo é apenas um dos tipos desses ataques ao cérebro - o AVC hemorrágico - que nem sequer é o mais comum. Nele, um vaso se rompe e o sangue extravasa alagando uma área da massa cinzenta.

Já no AVC isquêmico, que representa 80% dos casos, acontece algo parecido ao que ocorre no coração dos infartados: uma obstrução de uma artéria bloqueia o fluxo de sangue que deveria irrigar uma determinada região. Mas nos dois tipos o resultado é o mesmo: as células da área afetada morrem, causando diversas seqüelas.

Dependendo do local da lesão, pode provocar desde a morte da pessoa até paralisias, problemas de fala, de visão, de memória, entre outros. Isso é uma realidade para 2/3 dos pacientes que sobrevivem a um ataque desses.

sábado, 16 de agosto de 2008

Otelo, de Shakespeare: muito bom!


Otelo (Marcello Escorel) é um mouro negro, comandante do exército de Veneza na guerra contra os turcos pela posse da ilha de Chipre. Apesar de respeitado pelo seu valor como soldado, nas entrelinhas Otelo é tratado ainda como um escravo prestativo, mas, socialmente, ainda um escravo. A benevolência forjada do senador Brabântio (Reinaldo Gonzaga) – político influente em Veneza e pai da jovem Desdêmona (Marcella Rica), para quem procura o melhor partido – faz com que Otelo seja aceito no alto escalão político da cidade. Otelo distrai os políticos ociosos com suas incríveis histórias de guerra, e Brabântio repara que sua filha o escuta atentamente, com os olhos marejados de lágrimas. Contrariando as convenções e o protocolo militar, Otelo e Desdêmona se apaixonam e se unem, enchendo Brabântio de desgosto.

Da insegurança de Otelo, devido à sua cor e origem, nasce a baixa auto-estima que o leva a perder-se em ciúmes, plantado em cena pela maldade de seu ajudante, o alferes Iago (Diogo Vilela). Incapacitado como soldado, Iago se vê rebaixado à função de alferes do mouro, e fica atormentado com o fato de que ele, um veneziano legítimo, esteja a serviço de Otelo, um mouro negro, que além de tudo, ainda é casado com uma linda e nobre veneziana.

Dos possíveis e múltiplos motivos para odiar Otelo, Iago planeja e executa uma sucessão de armadilhas com o objetivo único de arruinar a vida do comandante. Apesar de ser um homem medíocre, Iago é dono de inteligência e frieza notáveis. Enredado pela teia de intrigas urdidas pelo alferes, Otelo, dominado pelo ciúme, acaba matando Desdêmona, certo de que ela o traíra. Depois, descobrindo que tudo fora armado por Iago, Otelo não suporta e se mata.

"Sinto que Otelo é uma peça mais do que necessária de ser montada hoje. Não só pela demonstração de seu aspecto moral, que nos faz refletir sobre nós mesmos, mas também pela volta quase eterna (haja vista a época em que foi escrita, 1604) da dificuldade existente em nós, seres humanos, de nos preocupar com os outros e que, por puro capricho, prepotência, ou mesmo pela tão falada competição, faz com que não aceitemos a felicidade do próximo! Tornando-nos algozes até daqueles que amamos. (...) O colapso moral de Otelo nos impressionará muito pela sua total capacidade de desconhecer a maldade humana, tornando assim esta obra-prima de William Shakespeare um exemplo de como devemos resolver a questão da ética e do bom senso em nossas comunidades", afirma Diogo Vilela.



Serviço:

OTELO

Local: Teatro Raul Cortez

Endereço:Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista/SP. (paralela à Avenida 9 de Julho, edifício-sede da Federação do Comércio do Estado de São Paulo)

Capacidade: 522 lugares

Telefone: (11) 3188-4141

Aceitam-se todos os cartões de crédito.

Venda para grupos: vendas@cult.art.br

Estacionamento c/ manobrista: R$ 14,00

Acesso para deficientes / Ar Condicionado

Dias e Horários: Sexta e Sábado às 21h; Domingo às 18h.

Ingressos: Sexta e Domingo R$ 60,00 - Sábado R$ 70,00.

Duração: 160 minutos, com intervalo.

Recomendação: 14 anos

Estréia: dia 04 de julho, sexta-feira, às 21h.

Curta Temporada: até 31 de agosto.



Ficha Técnica:

Texto: WILLIAM SHAKESPEARE

Direção: DIOGO VILELA e MARCUS ALVISI

Assistente de Direção: MARCO AURÉLIO MONTEIRO

Tradução e Adaptação: JOÃO GABRIEL CARNEIRO e LEONARDO MARONA

Cenário: RONALD TEIXEIRA

Figurinos: PEDRO SAYAD

Iluminação: JORGINHO DE CARAVALHO

Direção de Ação: DANI HU

Preparação Vocal: ELENA KONSTANTINOVNA

Trilha Sonora: DIOGO VILELA e MARCUS ALVISI

Produção Executiva: DENISE ESCUDERO e LETÍCIA PONZI

Direção de Produção e Administração Financeira: MARÍLIA MILANEZ

Patrocínio: BRADESCO SEGURO e PREVIDÊNCIA

Realização e Produtores Associados: DIOGO.S EMPREENDIMENTOS ARTÍSTICOS Ltda. e NITIREN PRODUÇÕES ARTÍSTICAS Ltda.



Elenco:

DIOGO VILELA como Iago

MARCELO ESCOREL como Otelo

Apresentando MARCELLA RICA como Desdêmona.

Participação Especial de REINALDO GONZAGA e RUBENS DE ARAÚJO.

E ainda OTTO JR., ALVISE CAMOZZE, ROSE ABDALLAH, MARCOS DAMIGO, TATIANA CRUZ, RAFAEL MAIA, EDUARDO MUNIZ, BRENO DE FELIPPO, DAVID THAMI, DIOGO BRANDÃO e SALVATORE GIULIANO.



A Montagem:

O foco principal da direção de Diogo Vilela está no trabalho dos atores, de cujo preparo fazem parte as aulas com o professor de artes marciais Dani Hu, a preparação vocal com a professora russa Elena Konstantinovna e cerca de dez horas de ensaios diários. A tradução, de João Gabriel Carneiro e Leonardo Marona, ainda que preservando a poética do texto e sua estrutura em versos, privilegia a compreensão clara.

O cenário de Ronald Teixeira procura, mais do que ilustrar as cidades em que se passa a cena, criar as atmosferas e o ambiente que envolvem os conflitos da peça. Há no palco uma grande plataforma que evoca uma nave em movimento. Sobre ela duas grandes velas náuticas feitas de material translúcido que deixa entrever um fundo de cena coberto por tapetes turcos, numa referência à ambientação luxuosa de Veneza. As ações se dão sobre a plataforma e abaixo, ao seu redor, onde um piso espelhado dá a idéia de profundidade, como num abismo. A comunicação entre altos e baixos se dá através de pequenas escadas e acessos, que aludem às vielas e pontes de Veneza. O tom acobreado predomina na cena, remetendo ao desgaste do tempo.

Os figurinos de Pedro Sayad, releituras de uma época situada entre os períodos renascentista e elisabetano, fazem contraponto ao cenário: no ambiente luxuoso de Veneza, o que se vê são roupas sóbrias em tons marrons e dourados; já em Chipre, onde não há mais o luxo veneziano, predominam nas roupas os tons vibrantes e coloridos. A iluminação é do veterano Jorginho de Carvalho.

Anticoncepção


O planejamento familiar tem se tornado pauta de incontáveis discussões no mundo tudo. Apesar da redução da fecundidade ser uma tendência observada na maioria dos países, ainda assim a população mundial vem aumentado a passos largos – já somos mais de 6 bilhões.

Conhecer os principais métodos de anticoncepção, seus prós e contras, é uma medida importante para um planejamento familiar bem sucedido. Basicamente, existem 4 métodos de contracepção: hormonais, comportamentais, dispositivo intrauterino e métodos de barreira.

Métodos hormonais

Os Métodos Hormonais são os mais difundidos, utilizados por milhões de mulheres. Oferecidos na forma de pílulas de baixa dosagem, combinadas, trifásicas e mensais (injetáveis), possuem como grande trunfo a facilidade no uso de ampla disponibilidade. Porém, existem sérias contra-indicações: os métodos hormonais não podem ser utilizados por mulheres com antecedentesde tromboflebite, doenças tromboembólicas, hipertensão arterial, doença coronariana, sangramentos uterinos sem causa conhecida, gravidez (constatada ou suspeita), diabetes insulino-dependente, insuficiência cardíaca e determinados tipos de câncer.

Além dessas contra-indicações absolutas, existem contra-indicações relativas – situações onde os benefícios dos métodos contraceptivos hormonais deve ser pesado com os potenciais riscos associados ao seu uso. Essas situações compreendem: mulheres nos primeiros 2 anos da primeira menstruação, doenças hepáticas agudas ou crônicas, aleitamento, depressão, enxaquecas, epilepsia, insuficiência renal, anemia falciforme, leucemia, imobilização a longo prazo, altos níveis de gordura no sangue (hiperlipidemia), fumantes e mulheres com mais de 35 anos de idade. Qualquer potencial usuária de um método hormonal que se encaixe em uma das categorias acima, deve discutir com seu(ua) médico(a) métodos alternativos para reduzir as possibilidade de complicações associadas à anticoncepção.

Os métodos hormonais, apesar de populares, não estão isentos de efeitos colaterais. Os principais são náuseas, vômitos, mudanças comportamentais, edema pré-menstrual, maior incidência de varizes, dores nas mamas, alterações do desejo sexual e modificações do fluxo menstrual. O ganho de peso associado ao uso da Pílula tem sido extensamente pesquisado, porém continua controverso.

Dispositivo Intra-Uterino (DIU)

Existem em vários modelos (alça de Lippes, anel de Ota, cobre, prata, progesterona, etc). Acredita-se que o DIU exerça seu efeito contraceptivo através de uma reação inflamatória no endométrio (camada mais interna do útero) e aumento da contratilidade das trompas. As vantagens do DIU são a escassez de efeitos colaterais, o baixo custo, a facilidade de aplicação e reversibilidade, a alta eficácia e o fato de não interferirem com a atividade sexual. Infelizmente, muito preconceito ainda ronda este método contraceptivo – boa parte decorrente de puro desconhecimento.

Apesar das vantagens sobre os métodos hormonais, o DIU não deve ser utilizado em pacientes com suspeita de gravidez, naquelas com história de câncer uterino, doença inflamatória pélvica (gonorréia, clamídia, etc), anemia ou antecedente de gravidez ectópica. Além disso, existem contra-indicações relativas, como pacientes com anomalias uterinas (dificultam o posicionamento do DIU e diminuem sua eficácia), miomas mucosos, cervicites e colpites intensas, pós-aborto séptico e naquelas com alergia ao cobre.

Em geral, o DIU é aplicado no segundo dia da menstruação. O(a) médico(a) realiza um toque vaginal e visualização do colo uterino – como em um exame ginecológico de rotina. Após antissepsia do canal vaginal, é medida a altura para inserção do DIU (histerometria). O dispositivo é então introduzido por dentro de uma cânula guia e o fio de auxílio para inserção é cortado. Não é necessário tomar antibióticos – quando muito são prescritos antiespasmódicos e repouso. O controle é feito por meio de Ultrassom após uma semana e um mês e, a partir daí, a cada 6 meses. Recomenda-se só engravidar 2 meses após a retirada do DIU.

As principais complicações do DIU são sangramento e dor, expulsão do dispositivo, perfuração do útero, doença inflamatória pélvica e gravidez.

Métodos comportamentais

Nesta categoria estão incluídos a Tabelinha e o coito interrompido. Nenhum destes dois métodos isoladamente é considerado seguro e devem ser complementados por algum outro método. Em geral, o uso da Pílula ou do DIU já são suficientes e nenhuma alteração do intercurso sexual é necessária para evitar uma gravidez.

Contraceptivos de Barreira

São as camisinhas. Possuem vantagens importantes como ausência de efeitos colaterais, proteção de doenças sexualmente transmissíveis e disponibilidade sem necessidade de prescrição, com interferência médica mínima. Contudo, a aplicação está intimamente vinculada ao coito e pode interferir no estado emocional do casal, sendo necessária uma boa dose de motivação para seu uso. Além disso, são pouco eficazes no que diz respeito à contracepção em si e podem provocar irritação local.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

OBESIDADE


A obesidade é o maior problema de saúde da atualidade e atinge indivíduos de todas as classes sociais, tem etiologia hereditária e constitui um estado de má nutrição em decorrência de um distúrbio no balanceamento dos nutrientes, induzindo entre outros fatores pelo excesso alimentar. O peso excessivo causa problemas psicológicos, frustrações, infelicidade, além de uma gama enorme de doenças lesivas. O aumento da obesidade tem relação com: o sedentarismo, a disponibilidade atual de alimentos, erros alimentares e pelo próprio ritmo desenfreado da vida atual.

A obesidade relaciona-se com dois fatores preponderantes: a genética e a nutrição irregular. A genética evidencia que existe uma tendência familiar muito forte para a obesidade, pois filhos de pais obesos tem 80 a 90% de probabilidade de serem obesos.

A nutrição tem importância no aspecto de que uma criança superalimentada será provavelmente um adulto obeso. O excesso de alimentação nos primeiros anos de vida, aumenta o número de células adiposas, um processo irreversível, que é a causa principal de obesidade para toda a vida. Hoje, consumimos quase 20% a mais de gorduras saturadas e açúcares industrializados. Para emagrecer, deve-se pensar sempre, em primeiro lugar, no compromisso de querer assumir o desafio, pois manter-se magro, após o sucesso, será mais fácil.

Por que estamos tão gordos

Num tempo em que as formas esguias e os músculos esculpidos constituem um avassalador padrão de beleza, o excesso de peso e a obesidade transformaram-se na grande epidemia do planeta. Nos Estados Unidos, nada menos de 97 milhões de pessoas (35% da população) estão acima do peso normal. E, destas, 39 milhões (14% da população) pertencem à categoria dos obesos. O problema de forma alguma se restringe aos países ricos.

Com todas as suas carências, o Brasil vai pelo mesmo caminho: 40% da população (mais de 65 milhões de pessoas) está com excesso de peso e 10% dos adultos (cerca de 10 milhões) são obesos. A tendência é mais acentuada entre as mulheres (12% a 13%) do que entre os homens (7% a 8%). E, por incrível que pareça, cresce mais rapidamente nos segmentos de menor poder econômico.

O inimigo, desta vez, consiste num modelo de comportamento que pode ser resumido em três palavras: sedentarismo, comilança e stress. Estamos vivendo a era da globalização de um modo de vida baseado na inatividade corporal frente às telas da TV e do computador, no consumo de alimentos industrializados, cada vez mais gordurosos e açucarados, e num altíssimo grau de tensão psicológica.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Leite de Vaca - Alergia e Intolerância.


Mais de quarenta sintomas são decorrentes da alergia e intolerância ao leite de vaca. Cólica, diarréia, asma, bronquite, conjuntivite, irritabilidade, dermatite, baixo rendimento escolar e depressão são apenas alguns deles.

O leite materno, sem dúvida, é a melhor opção para a alimentação de lactentes.

É o melhor alimento para o lactente até pelo menos aos seis meses de vida, não sendo necessária nem a suplementação com outros alimentos. Depois, podem-se introduzir alimentos apropriados para a idade, com a continuação do aleitamento materno. As vantagens do aleitamento materno são indiscutíveis, incluindo as imunológicas, nutricionais, fisiológicas, odontológicas, e psicológicas.

Entretanto, as proteínas do leite de vaca podem causar maiores problemas às crianças de pouca idade.
O que é alergia às proteínas do leite?
A alergia às proteínas envolve princípios completamente diferentes da intolerância à lactose. Não existe alergia à lactose, pois, sendo um açúcar, a lactose não apresenta alergenicidade. Diversas proteínas podem causar alergia, incluindo as do leite, do ovo, do trigo e do amendoim, dentre outras. Entretanto, as proteínas do leite e as dos ovos são as que causam maiores problemas às crianças de pouca idade.

O que causa a alergia?
A alergia é causada em crianças por proteínas que não existem normalmente no leite humano e que são introduzidas na nova alimentação do bebê. O uso exclusivo do leite humano até aos seis meses de vida reduz significantemente a incidência cumulativa de alergia ao leite de vaca, durante os primeiros 18 meses de vida.

É muito comum a alergia às proteínas do leite?
A alergia ao leite de vaca é uma das alergias mais comuns em crianças, talvez porque o leite de vaca usualmente é o veículo para a primeira proteína estranha ser introduzida no estômago das crianças. Embora o leite de vaca esteja implicado com problemas de alergia, cerca de 50% das crianças apresentam alergia simultânea às proteínas de outros alimentos, incluindo ovos, soja, amendoim, achocolatados, laranja, peixes e trigo. Cerca de 50 a 80 % das crianças que apresentam alergia ao leite também podem apresentar alergia a inalantes alergênicos, como pólen, pêlos (de gato, por exemplo), mofo, poeira de carpetes, etc.

Por que a prevalência da alergia ao leite é maior na infância?
A alergia surge basicamente devido a dois fatores: predisposição genética (do pai ou da mãe) e introdução de alimentos potencialmente alergênicos antes dos seis meses de vida. Quando nascem, os bebês têm um sistema imunológico imaturo e dependem muito dos anticorpos do leite da mãe. O sistema digestivo não está preparado para substâncias que não venham do leite da mãe. O fator principal que causa a alergia é a introdução precoce na alimentação de substâncias que causam alergias. As reações alérgicas ocorrem menos quando o leite de vaca é introduzido na alimentação após os seis meses de vida.



Os sintomas da alergia podem ser classificados em seis tipos:

:: Sistema Gastrointestinal: cólica, vômito, diarréia, sangue nas fezes, constipação, gases, colite e náusea.

:: Sistema Respiratório: nariz escorrendo, espirros, tosse, asma, congestão, bronquite, coceira no nariz, sintomas de gripe, respiração pela boca e respiração difícil.

:: Olhos: olhos lacrimejantes, vermelhos, círculos escuros, coceira e
conjuntivite.

:: Sistema Nervoso Central: irritabilidade, perda de sono, tontura prolongada e cansaço.

:: Pele: eczema, dermatite, urticária, vermelhidão, vermelhidão no reto, coceira, inchamento dos lábios, boca, língua e garganta.

:: Outros sintomas: infecção no ouvido, perda de peso, suar em excesso, baixo rendimento escolar, dificuldade de convivência, depressão e choque anafilático.


Os sintomas da alergia podem surgir imediatamente ou até várias horas ou dias após a ingestão do alimento.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Psiquiatria: exames auxiliares em diagnóstico.


Interessa pois, à medicina, saber se o quadro psiquiátrico e/ou neurológico é acompanhado de alterações cerebrais e, caso hajam, se estas alterações seriam restritas apenas à função do cérebro (alterações funcionais) ou, além disso, também seriam acompanhadas de alterações anatômicas.

Laboratorialmente é a investigação que fazemos através de exames de laboratório, os quais podem verificar a parte bioquímica do sangue e do líquido cefalorraquidiano, a atividade elétrica cerebral, através do eletroencefalograma, a atividade funcional, através do SPECT (adiante comentamos) e anatômica, através da Tomografia Computorizada e da Ressonância Magnética Nuclear.

A atual viabilidade técnica para identificar, categorizar e modificar alguns genes de forma seletiva é o que mais tem contribuído para aumentar a compreensão sobre o funcionamento normal e patológico do sistema nervoso central. Os desafios da genética molecular se referem à pesquisas das patologias mentais onde, além da possível influência de múltiplos genes e de múltiplos fatores não-genéticos, circunstanciais e ambientais, como por exemplo a Esquizofrenia e o Transtorno Afetiva.

Os enormes avanços proporcionados pela biologia molecular têm permitido a caracterização de sinais moleculares cuja identidade vêm sendo revelada através do conhecimento dos neuroreceptores, da síntese e função de neurotransmissores e dos fatores de ativação uma imensa cadeia de bioquímica cerebral, cujo conhecimento cresce diariamente. Pesquisa-se avidamente a presença ou ausência de determinados genes capazes de modificar o funcionamento do sistema nervoso, da personalidade e da maneira de ver o mundo e sentir a vida.

Foi em 1976 que pela primeira vez a Tomografia Computorizada foi utilizada para investigar alterações cerebrais em pacientes esquizofrênicos (Eve Johnstone, Tim Crow e outros). Neste primeiro estudo ficou evidenciado graus significativos de dilatação ventricular no grupo de pacientes com esquizofrenia em comparação à um grupo de não-esquizofrênicos.

Tentou-se também, nessa ocasião, estabelecer relação entre as alterações sintomáticas da esquizofrenia, principalmente os chamados sintomas positivos e negativos, juntamente com a deterioração intelectual desses pacientes com o tamanho da dilatação ventricular constatado na Tomografia Computadorizada. De fato, foi encontrada uma correlação significativa entre a deterioração intelectual global da esquizofrenia com o grau de aumento dos ventrículos.

À partir daí muitas pesquisas envolvendo esquizofrenia e Tomografia Computorizada têm corroborado a observação inicial de que pacientes esquizofrênicos apresentam graus significativos de dilatação dos ventrículos cerebrais.

Depois da Tomografia Computorizada, entramos na era da Ressonância Magnética Nuclear, um novo método que permite maior resolução das imagens cerebrais, e não usa os Raios X como faz a Tomografia, mas sim imagens obtidas pela exposição de átomos de hidrogênio a um campo magnético.

A Ressonância Magnética Nuclear passou então a ser usada na investigação das alterações de estruturas cerebrais (portanto, anatômicas) relacionadas a transtornos psiquiátricos. Entretanto, atualmente, a Tomografia Computorizada continua sendo o método mais utilizado na associação das alterações anatômicas do SNC com alguns transtornos mentais, como é o caso, por exemplo, do alcoolismo, da esquizofrenia e da depressão unipolar ou dos transtornos do humor de modo geral. Também se pesquisa alterações anatômicas e funcionais nos Transtornos Obsessivo-Compulsivos e nos estados demenciais.

Atualmente métodos inovadores têm permitido a obtenção de imagens precisas do cérebro em atividade, mostrando a anatomia estrutural, metabólica e neuroquímica de diversos transtornos neuropsiquiátricos.

As técnicas de neuroimagem funcional mais usadas têm sido a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) e a Tomografia por Emissão de Fótons (SPECT). A PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons), é uma espécie de máquina de tomografia computadorizada que mostra os resultados em cores brilhantes. No cérebro vê-se onde as células nervosas estão trabalhando mais, ou seja, onde está havendo mais atividade. A PET é baseado nos desenvolvimentos da Medicina Nuclear e na obtenção de imagens do cérebro.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Correr atrasa efeitos do envelhecimento


Um estudo realizado nos Estados Unidos sugere que correr com freqüência pode retardar os efeitos do envelhecimento. A pesquisa analisou 500 idosos com mais de 50 anos que tinham o hábito de correr, durante um período de 20 anos e comparou a saúde e bem-estar físico desses participantes com um grupo similar de não-corredores.

Depois de 19 anos, os pesquisadores da Stanford University Medical Center identificaram que 34% dos idosos que não corriam haviam morrido, comparados com apenas 15% entre os que corriam com freqüência.

A pesquisa, publicada na edição desta semana da revista científica Archives of Internal Medicine, observou ainda que ambos os grupos passaram a ter mais deficiências físicas com o passar dos anos, mas o início destas deficiências começou 16 anos mais tarde para aqueles que praticavam a corrida.

"O estudo tem uma mensagem que incentiva o exercício. Se você precisa escolher uma coisa para fazer as pessoas ficarem mais saudáveis enquanto envelhecem, seria o exercício aeróbico", afirmou o professor James Fries, principal autor do estudo.

Benefícios
No início da pesquisa, em 1984, os idosos do grupo dos corredores corriam cerca de quatro horas por semana. Depois de 21 anos, o tempo de corrida diminui para 76 minutos semanais.

Segundo o estudo, mesmo com a redução do tempo, os idosos puderam sentir os benefícios da prática do exercício na saúde e a diferença entre a saúde dos idosos corredores e não-corredores foi observada mesmo depois que os participantes passaram dos 90 anos de idade.

Além de diminuir o batimento cardíaco e as mortes relacionadas com problemas arteriais, a prática da corrida também foi associada com uma redução no número de mortes prematuras causadas por doenças neurológicas, câncer e infecções.

Os pesquisadores analisaram ainda os possíveis danos que correr com freqüência poderia causar nos idosos, como problemas nos ossos ou juntas. No entanto, a pesquisa sugere que não encontrou provas de que os idosos corredores tinham mais chances de sofrer com osteoporose ou problemas no joelho do que os não-corredores.

Segundo Fries, os benefícios do exercício físico "são maiores do que o esperado".

Vida saudável
A ONG Age Concern, que trabalha com idosos, afirma que muitos não praticam exercícios o suficiente.

De acordo com a instituição, os dados revelam que mais de 90% dos idosos britânicos com mais de 75 anos não seguem a indicação de praticar meia hora de exercícios moderados pelo menos cinco vezes por semana."A pesquisa reconfirma os claros benefícios dos exercícios regulares para os idosos", disse o diretor da ONG, Gordon Lishman.

"O exercício ajuda os idosos a continuarem móveis e independentes, garante a saúde cardíaca, mantém o peso e os níveis de estresse sob controle e ajuda a melhorar o sono", afirmou.

"Enquanto os jovens recebem bastante incentivo para levar um estilo de vida saudável, as necessidades de saúde dos mais velhos são normalmente negligenciadas", concluiu.

fonte: BBC

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Associação de ultra-sonografia e mamografia pode melhorar detecção do câncer de mama.



Um estudo publicado recentemente no Journal of the American Medical Association (Jama) demonstrou que a associação do exame de ultra-sonografia mamária à mamografia no rastreamento do câncer de mama permitiu aos médicos diagnosticarem precocemente um número maior de casos da doença, especialmente nas mulheres com mamas densas.

Para a realização do estudo, foram recrutadas cerca de 2.600 mulheres com alto risco de desenvolver câncer de mama, provenientes de 21 Centros Médicos de todo o mundo. Elas foram divididas em dois grupos: um que realizou apenas a mamografia e o outro que realizou a mamografia e a ultra-sonografia de mamas. Os resultados demonstraram que, no grupo que realizou apenas a mamografia, a acurácia do diagnóstico foi de 78%. Já no grupo no qual foi associado a ultra-sonografia de mamas, ela aumentou para 91%.

Um dos aspectos envolvidos nesse fato é que a eficácia diagnóstica da mamografia está muito associada à densidade da mama a ser examinada. Ou seja, sabe-se que quanto maior for a densidade da mama, menor será a eficácia da mamografia e vice-versa. Assim, o estudo mostra que associando-se a ultra-sonografia das mamas à mamografia, principalmente nas pacientes com mamas densas, observa-se maior efetividade no diagnóstico precoce do câncer de mama.

Desta forma, podemos concluir que a mamografia continua sendo a principal ferramenta para o rastreamento do câncer de mama, pois é o melhor método para a detecção precoce de um dos tipos de câncer de mama, o carcinoma ductal in situ. Por outro lado, para as pacientes com mamas densas, a associação da ultra-sonografia à mamografia pode ser muito valiosa para o rastreamento do câncer de mama.

Fontes:
- Journal of the American Medical Association (Jama) - 13 de maio de 2008
- WebMD – 13 de maio de 2008
- Charles Bankhead, Medpage Today – 13 de maio de 2008
Autor: Dra. Marilia Chaves Vieira de Campos

domingo, 10 de agosto de 2008

AIDS em adolescentes: uma preocupação importante!





"A adolescência é um período da vida caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento, que se manifesta por transformações físicas, psicológicas e sociais. Ela representa um período de crise, na qual o adolescente tenta se integrar a uma sociedade que também está passando por intensas modificações e que exige muito dele. Dessa forma, o jovem se vê frente a um enorme leque de possibilidades e opções e, por sua vez, quer explorar e experimentar tudo a sua volta. Algumas dessas transformações e dificuldades que a juventude enfrenta, principalmente relacionado à sexualidade, bem como ao abuso de drogas ilícitas, aumentam as chances dos adolescentes de adquirirem a infecção por HIV, fazendo-se necessário a realização de programas de prevenção e controle da AIDS na adolescência".

Estudos de vários países tem demonstrado a crescente ocorrência de AIDS entre os adolescentes, sendo que, atualmente as taxas de novas infecções são maiores entre a população jovem. Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos. Considerando que a maioria dos doentes está na faixa dos 20 anos, conclui-se que a grande parte das infecções aconteceu no período da adolescência, uma vez que a doença pode ficar por longo tempo assintomática.

Hoje, as mulheres representam quase metade dos jovens infectados. Entre os pacientes menores de 13 anos com AIDS, a transmissão ocorre em sua maioria através da mãe, no período gestacional. Entre as mulheres maiores de 13 anos predomina a transmissão sexual (metade dos casos), seguida do contágio por uso de drogas injetáveis.

Entre os homens a transmissão por via sexual representa mais de 50% dos casos, sendo que a prática homossexual é responsável por cerca de 30% desses casos. O contágio por uso de drogas injetáveis representa cerca de 20% das infecções entre os homens.

Os jovens têm pouco acesso às informações sobre doenças sexualmente transmissíveis e sobre o planejamento familiar. Boa parte dos adolescentes obtém as informações sobre o sexo de colegas e amigos, cujas opiniões, na maioria das vezes, são distorcidas e baseadas em mitos e preconceitos, como, por exemplo, a crença de que o uso do preservativo poderia dificultar a ereção e o desempenho sexual.

De qualquer modo, podemos observar a coisa mais simples: os jovens não têm consciência da gravidade da doença AIDS, também por conta de que o tratamento atual "cronifica" a doença e permite uma vida "normal".

Antes de distribuir preservativos, o Governo Brasileiro precisaria fazer um enorme trabalho de conscientização sobre a responsabilidade da sexualidade, não só por causa da AIDS, mas também em função da gestação precoce, que anda tão abundante no país.

Prevenção é a palavra de ordem. Sempre foi. Sempre deveria ser.

sábado, 9 de agosto de 2008

Cereais fazem bem para a saúde!


O cereal é a parte de um vegetal do grupo das gramíneas, isto é, das plantas que crescem em ramos intercalados e precisa ter três estruturas, que são:

- o farelo – parte externa, também chamada de casca e que oferece fibras e vitaminas do complexo B.
- endosperma – maior parte do grão, onde está localizado o amido e porções de proteína.
- gérmen – “núcleo” do grão, onde estão vitaminas B e E, além de gordura poliinsaturada e sais minerais.

Trigo: fonte de Zinco, que auxilia nas defesas orgânicas.
Cevada: rico em Magnésio, importante na formação óssea.
Milho: abundante e carotenóides, pigmentos com ação anti-oxidante e protetores para os olhos.
Arroz: quando consumido em sua forma integral, é portador de vitaminas B, particularmente B6, muito importante para o sistema nervoso central.
Centeio: importante fornecedor de fósforo, que trabalha juntamente com o Cálcio na formação óssea.
Aveia: tem uma substância que se liga às gorduras no aparelho digestivo, reduzindo sua absorção, a betaglucana.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país!


Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.
Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o ensino superior na área.
Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade.
Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.
Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".
Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.
Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).
A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.
Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.
Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação Superior, com dados de 2006 -o de 2007 ainda não está disponível.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.
O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.
Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica
"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.
Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.
Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram "improvisado".
"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia [utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

fonte: Folha de São Paulo
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Colaboraram JOHANNA NUBLAT, da Sucursal de Brasília, RICARDO WESTIN, da Reportagem Local, e CRISTINA MORENO DE CASTRO

Alisantes de Cabelos: o quê acontece?


Inspeção realizada pelo Instituto Adolfo Lutz constatou que 52,63% dos alisantes de cabelos utilizados na capital paulista tem concentração de reagentes químicos acima da legislação sanitária, o que pode provocar queimaduras, queda capilar, intoxicação e até câncer. Foram analisadas 38 amostras de produtos, colhidas no comércio e nos salões de cabeleireiros.

O estudo, ainda inédito, foi concluído sexta-feira pela Secretaria de Estado da Saúde. Segundo a autora da análise, Maria Cristina Santa Bárbara, as substâncias mais nocivas ao organismo, hidróxido de sódio e formol, foram as que mais apareceram nas irregularidades.

"A concentração química chegou a ultrapassar 10 vezes o que determina a norma sanitária, expondo ao risco as clientes e os profissionais que trabalham com a fórmula."

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia-SP, Dilhermando Calil, a conveniência das mulheres acaba influenciando os estabelecimentos estéticos a não abolirem o uso dos produtos tóxicos. “A valorização extrema do padrão de beleza as deixa cegas para o perigo”, diz, ao reforçar que após o boom da utilização de formol nos tratamentos capilares, início dos anos 2000, as dermatites e alergias no couro cabeludo “invadiram” os consultórios de dermatologia.

A vaidade sem limites é ainda influenciada pela a predominância de salões clandestinos. De acordo com o Sindicato dos Salões de Beleza, são 40 mil estabelecimentos do tipo na cidade. Em contraponto, têm licença sanitária para funcionar só 176, o que indica que 99% deles não passaram pelo controle sanitário.

Na Vigilância Municipal (Covisa), há 118 profissionais especializados para fiscalizar a área. O controle seria facilitado pelas denúncias da população. Mas, durante todo ano de 2007 e até ontem, apenas 90 pessoas comunicaram irregularidades dos salões de beleza, sendo 19 delas sobre o uso de formol.

O coordenador da Associação dos Institutos de Beleza de São Paulo, Monte Cristo, alerta: “Não adianta culpar a insistência da mulher. A responsabilidade dos estragos é do profissional que usa o formol”. A dica de segurança para os cabeleireiros e clientes é só usar os alisantes capilares que têm o selo da Anvisa na embalagem, garantia de que estão de acordo com a legislação.

Segundo a ANVISA, formol pode provocar câncer. Veja aqui.

Fonte: Último Segundo - SP (15/07/2008).

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Células Tronco: vamos aprender um pouquinho


As células-tronco do sangue do cordão umbilical são coletadas no momento do parto, enviadas para o laboratório de processamento e preparadas para o congelamento. Depois elas são acondicionadas em bolsas especiais que suportam baixas temperaturas.

As bolsas são levadas para a Câmara de Decaimento, de temperatura gradual, que permite o congelamento das células sem que as mesmas sofram danos. Uma vez congeladas, as bolsas são armazenadas em tanques de nitrogênio líquido a 196º C negativos.

Esses equipamentos são monitorados por sistemas informatizados de última geração, que executam a reposição automática do nitrogênio quando os níveis dos tanques atingem os limites mínimos permitidos, garantindo, assim, que o material estocado não sofra variação de temperatura.

As células-tronco do sangue do cordão umbilical, já são utilizadas hoje no tratamento de patologias com indicações de transplante de medula óssea como: neuroblastoma, linfomas, retinoblastoma, mielomas e alguns tipos de leucemia, entre outras. Os benefícios do uso das células-tronco obtidas no cordão umbilical são inúmeros. Entre eles, aqui estão alguns:

- As células são totalmente compatíveis com o indivíduo de quem elas foram colhidas.

- A coleta de células tronco do sangue do cordão umbilical não causa dor ou incômodo para a mãe ou para o bebê;

- Uma vez colhidas e congeladas, as células não sofrerão agressões ambientais como radiação, agentes químicos e contatos virais, estando assim protegidas e prontamente disponíveis para o uso;

- As células do sangue do cordão umbilical possuem “idade” do neonato. Sendo assim, são células com grande capacidade de regeneração e proliferação.

O MAIS IMPORTANTE: AS CÉLULAS TRONCO SÃO TOTALMENTE ÉTICAS!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Higiene Bucal: Muito Importante!


Ao contrário do que se pode pensar, escovar os dentes não é tão simples. Apesar de fazer isso todos os dias, tem muita gente que não sabe escovar os dentes. Uma escovagem adequada, ajuda a remover a placa das superfícies interiores, exteriores e de mastigação dos seus dentes. A utilização do fio dental ajuda a remover a placa e os resíduos do espaço entre os dentes, especialmente em áreas de acesso difícil na zona imediatamente abaixo da linha das gengivas.

Passo a passo:

1) Segure a escova de modo que ela fique em um ângulo de 45 graus em relação aos dentes. Concentre-se na região de junção entre as gengivas e os dentes, pois é aí que se concentram os resíduos;

2) Faça movimentos horizontais bem curtos, vibrando as cerdas, ou faça pequenas rotações na direção do dente;

3) Fique por volta de 10 segundos em cada região que deve cobrir no máximo dois dentes;

4) Comece limpando a parte de fora dos dentes superiores, depois a dos inferiores, sempre seguindo os movimentos e angulação recomendada acima;

5) Escove as superfícies internas dos dentes de trás superiores e inferiores também, seguindo os movimentos e as angulações recomendadas;

6) Segue a escova perpendicularmente à língua para limpar a parte interior aos dentes da frente, começando pelos superiores e depois aos inferiores. Siga a mesma movimentação recomendada anteriormente;

7) Limpe a superfície de mastigação dos dentes de trás com movimentos para frente e para trás. Comece pelos dentes superiores e somente depois passe aos inferiores;

8) Para terminar, escove bem a língua;

9) Escolha uma escova de dentes com cerdas macias e que tenham as pontas arredondadas e polidas para não arranhar o esmalte dos dentes e com a cabeça do tamanho proporcional à sua arcada dentária. Exemplo: Quem tem a boca pequena, logicamente que deve escolher uma escova de cabeça pequena;

10) Prefira um creme dental com flúor, pois este ajuda a recompor o esmalte do dente corroído, além de inibir a própria corrosão;

11) Escove seus dentes pelo menos três vezes ao dia: após as refeições e antes de deitar. Evite comer ou beber produtos açucarados. Ao ingeri-los, escove os dentes em seguida.

Após a escovação:

Após a escovação, recomenda-se fazer dois ou três bochechos bem vigorosos com água. Com sucessivos bochechos e a substituição da água, conseguimos remover por completo da boca, toda a placa bacteriana e os restos alimentares que foram soltos com o fio dental e a escovação, para que estes não possam "grudar" novamente nos dentes, além de removermos também o creme dental já utilizado. Completando a higiene bucal, finalmente pode-se bochechar com antissépticos adequados. Se em certas ocasiões não for possível escovar os dentes, faça pelo menos bochechos. Embora seja uma importante fonte de energia, o açúcar é o principal alimento das bactérias que formam a placa bacteriana, conseqüentemente a cárie. Após algumas horas, o açúcar que está contido em doces, balas e chocolates que costumamos comer entre as refeições, transformam-se em ácido lático. O açúcar não está presente só nos doces. Muitos alimentos que ficam entre os dentes, transformam-se em açúcares e este, após algum tempo, também transformam-se em ácidos. Estes ácidos atacam o esmalte, provocam sua corrosão e dão início à cárie. Por isso, é importante que as crianças (e também os adultos) escovem os dentes todas as vezes que comerem.

Cuidados especiais com as crianças:

A criança deve adquirir o hábito de escovar os dentes antes dos dois anos de idade. Para despertar a curiosidade das crianças com relação ao hábito de escovar os dentes, os pais devem escovar os dentes na frente das mesmas. Depois, os pais devem presentear as crianças com escovas dentais infantis, para que elas possam acompanhá-los nas escovações.

Os pais podem deixar as crianças escovar os dentes primeiro e depois devem repetir a operação quando as mesmas estiverem na faixa etária de 2 a 7 anos. Para escovar os dentes dos seus filhos, os pais devem ficar atrás das crianças, afastar os lábios e as bochechas com a mão esquerda e escovar os dentinhos das crianças com a mão direita (se for destro, ou o contrário, se for canhoto).

A parte de dentro (face lingual ou palatina) e de fora (face vestibular) dos dentes, devem ser escovados com movimentos circulares e movimentos de varredura (varrendo a superfície do dente - da gengiva para baixo em dentes superiores e da gengiva para cima em dentes inferiores), já a parte de cima dos dentes (onde os alimentos são mastigados - face oclusal) devem ser escovadas com movimento de vai e vem.

Com o avançar da idade as crianças podem e devem escovar seus dentes sozinhas. Os pais devem estar atentos com a quantidade de pasta dental que seus filhos estão usando (devendo ser usado o mínimo necessário de creme dental), evitando que os mesmos engulam grande quantidade de pasta de dentes.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

TOC (toc)


O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) não tem graça nenhuma para quem vive o drama da patologia. Mas quando os sintomas estereotipados são apresentados, no palco, com bom humor, fica fácil para qualquer pessoa (mesmo as que se consideram mais saudáveis) se identificar com um ou outro comportamento compulsivo (as chamadas “manias” no senso comum) -e, com um pouco de sensibilidade, reconhecer que aquilo que pode ser motivo de graça é também uma doença mental grave capaz de levar à incapacitação. Na comédia TOC TOC, em cartaz até 31 de agosto na sala Rubens Sverner, do Teatro Cultura Artística, o tema faz rir. E pensar. Certamente não é por acaso que o tema atrai tantos interessados. Desde a estréia do espetáculo, em maio, 9 mil pessoas já assistiram à peça dirigida por Alexandre Reinecke.

Na história, dr. Stern é um conceituado médico especializado no tratamento do distúrbio. É na sala de espera de seu consultório que seis pacientes se encontram e apresentam uma espécie de amostra das manifestações comportamentais mais freqüentes do transtorno: Branca (Marcia Cabrita) tem fixação em limpeza; Maria (Ângela Barros), religiosa, acha sempre que esqueceu portas destrancadas, as luzes acesas e o gás aberto; Lili (Flávia Garrafa) repete gestos e palavras; para Bob (Sérgio Guizé) os objetos devem estar milimetricamente arrumados, qualquer falha na simetria provoca nele extrema angústia; Vicente (Marat Descartes) não consegue parar de fazer contas; e Fred (Riba Carlovich) sofre de uma variação do TOC, a síndrome de Tourette, que o faz dizer palavras obscenas constantemente.

TOC TOC. Teatro Cultura Artística, Sala Rubens Sverner. Rua Nestor Pestana, 196, Centro. Tel. (11) 3258-3616. Site: www.culturartistica.com.br. Sexta e sábado às 21 h e domingo às 18 h. R$ 60,00 (sexta e domingo) e R$ 80,00 (sábado). Até 31 de agosto.

fonte: UOL

domingo, 3 de agosto de 2008

Grupo transforma pele humana em neurônios.


Um grupo de pesquisadores dos EUA conseguiu alterar células extraídas da pele de uma mulher de 82 anos sofrendo de uma doença nervosa degenerativa e conseguiram transformá-las em células capazes de se transformarem virtualmente em qualquer tipo de órgão do corpo. Em outras palavras, ganharam os poderes das células-tronco pluripotentes, normalmente obtidas a partir da destruição de embriões.

O método usado na pesquisa, descrita hoje na revista "Science", existe desde o ano passado, quando um grupo liderado pelo japonês Shinya Yamanaka criou as chamadas iPS (células-tronco de pluripotência induzida). O novo estudo, porém, mostra pela primeira vez que é possível aplicá-lo a células de pessoas doentes, portadoras de ELA (esclerose lateral amiotrófica), mal que destrói o sistema nervoso progressivamente.

O sucesso do experimento ainda não pode ser traduzido em terapia --os neurônios não foram reimplantados nas pacientes--, mas cria uma ferramenta inédita para estudo da doença em laboratório.

O estudo começou com a equipe de Christopher Henderson, da Universidade Columbia, de Nova York, extraindo células de duas irmãs, de 89 e 82 anos, portadoras de ELA

Em 90% dos casos, a doença mata rapidamente as células que transmitem impulsos nervosos da coluna vertebral para os músculos, os neurônios motores. A maioria das vítimas morre em até cinco anos.

O segunda etapa foi cumprida por Kevin Eggan, da Universidade Harvard, que modificou geneticamente as células de pele das pacientes usando um vírus para enxertar quatro genes especiais dentro do núcleo celular, criando então as células iPS. Em seguida, mergulhou algumas delas numa solução de moléculas que as fez adotar características neuromotoras.

Ao contrário da forma comum de ELA, que tem origem em interações complexas entre genes e ambiente, a variedade da doença que aflige as pacientes do estudo tem causa simples, atribuída a um gene. Assim, cientistas esperam que a ELA se manifeste nas células neuromotoras criadas em laboratório para estudá-las melhor.

Pela primeira vez, seremos capazes de observar células com ELA ao microscópio e ver como elas morrem", disse Valerie Estess, diretora do Projeto ALS (sigla da ELA, em inglês), que financiou parte da pesquisa. Observar em detalhes a degeneração pode sugerir novos métodos para tratar a ELA.

Os pesquisadores, entretanto, ainda não viram nada nas amostras de células. "Não sabemos ainda se elas vão se degenerar", disse Henderson.

O objetivo a longo prazo da pesquisa é descobrir um jeito de corrigir os defeitos das células neuromotoras produzidas a partir das iPS e transplantá-las para os pacientes.

Há ainda o desafio de encontrar outra maneira de tornar as células pluripotentes. O vírus usado para criar as iPS, bem como um dos genes que faz esse serviço, podem provocam câncer. Além disso, ninguém sabe como consertar as células neuromotoras sofrendo de ELA.

sábado, 2 de agosto de 2008

Frutas


Fruta é um ótimo alimento: gasta uma quantidade mínima de energia para ser digerida e dá ao nosso corpo o máximo em retorno. O único alimento que faz o cérebro trabalhar é a glicose. A fruta é constituída principalmente de frutose (que pode ser transformada com facilidade em glicose) e, na maioria das vezes, contém entre 90 e 95 por cento de água. Isso significa que ela está hidratando e alimentando ao mesmo tempo.

O único problema com as frutas é que a maioria das pessoas não sabe como comê-las de forma a permitir que o corpo use efetivamente todos seus nutrientes. Deve-se comer frutas sempre com o estômago vazio. Por quê? A razão é que as frutas não são, em princípio, digeridas no estômago: são digeridas no intestino delgado. As frutas passam rapidamente pelo estômago, dali indo para o intestino, onde liberam seus açúcares. Mas se houver carne, batatas ou amidos no estômago, as frutas ficam presas lá e começam a fermentar.

Você já comeu alguma fruta de sobremesa, após uma lauta refeição, e passou o resto da noite arrotando aquele desconfortável sabor ou sentindo o estômago cheio e pesado? Isso acontece porque você não a comeu da maneira adequada. Deve-se comer frutas sempre com o estômago vazio.

A melhor espécie de fruta é a fresca ou o suco feito na hora. Evite beber suco de lata ou do recipiente de vidro. Na maioria das vezes o suco foi aquecido no processo de vedação houve uma oxidação e perda dos nutrientes da fruta.

Fruta é o melhor alimento que podemos comer para nos proteger contra doenças do coração. Ela contêm bioflavinóides, que evitam que o sangue se espesse e obstrua as artérias. Também fortalecem os vasos capilares, e vasos capilares fracos quase sempre provocam sangramentos internos e ataques cardíacos.

Evidente que a alimentação não pode se constituir somente de frutas, mas precisamos ter consciência da importância delas em nossa dieta. Pergunte a um nutricionista.