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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Epidemia de Obesidade Infantil


A epidemia mundial de obesidade infantil está avançando em taxa alarmante. Fatores de risco para doença coronariana já são identificáveis em crianças sobrepeso. A gravidade dos efeitos em longo prazo de peso excessivo na infância em relação à doença coronariana, todavia, permanece desconhecida.

Pesquisadores publicaram, recentemente, no The New England Journal of Medicine, um estudo em que investigaram a associação entre o índice de massa corpórea (IMC) em pacientes pediátricos (dos sete aos 13 anos de idade) e doença coronariana na idade adulta (25 anos de idade ou mais), com e sem ajustamento para peso ao nascimento. Os pacientes pertenciam a uma coorte de 276.835 crianças dinamarquesas em idade escolar, dos quais medidas de peso e altura eram disponíveis. Eventos coronarianos foram confirmados através de cruzamento com os registros nacionais. Análises de regressão de Cox foram realizadas.

Em 5.063.622 pessoas-ano de acompanhamento, 10.235 pacientes masculinos e 4.318 pacientes femininas, para os quais dados sobre o IMC na infância estavam disponíveis, receberam diagnóstico de doença coronariana ou faleceram de doença coronariana quando adultos. O risco de qualquer evento coronariano, evento não fatal e evento fatal entre adultos foi positivamente correlacionado ao IMC entre os sete e 13 anos de idade para pacientes masculinos e entre 10 e 13 anos de idade para pacientes femininas. As associações foram lineares para cada idade, sendo que o risco aumentou ao longo de toda a distribuição de IMC. Além disso, o risco aumentou com o aumento da idade dos pacientes pediátricos. Ajustamento para peso ao nascimento fortaleceu os resultados.

Portanto, os pesquisadores concluíram que índice de massa corpórea maior durante a infância está associado a risco aumentado de doença coronariana na idade adulta. As associações foram mais significativas para pacientes masculinos e aumentou com o aumento da idade em ambos os sexos. Os resultados deste estudo sugerem que conforme os pacientes pediátricos tornam-se mais obesos em todo o mundo, um número maior de pacientes está sob risco de ter doença coronariana na idade adulta.

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