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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Ajude seu bebê a dormir de noite e ficar acordado de dia!


Comece por manter o bebê em ambientes com bastante claridade durante dia. Mantenha as janelas da casa abertas, leve-o para passear. Essa é a hora em que você deve despertá-lo com muita conversa e brincadeiras, sem se preocupar com o barulho em volta.

Já à noite, faça o contrário: mantenha as luzes apagadas, exija silêncio em casa e só nesse momento coloque o bebê no berço para dormir. Antes, embale-o no colo, cantando baixinho para acalmá-lo. Pequenos cochilos durante o dia, porém, ainda são bastante importantes.


Além de tranqüilidade, o ambiente do sono também precisa ter segurança. No colchão do berço, use um lençol bem firme para evitar que o bebê cubra a cabecinha enquanto dorme e fique sem ar.

Deite-o de lado ou de barriga para cima, se necessário usando almofadas e travesseiros para manter a posição. Evite que ele durma deitado de bruços, pois essa posição é vinculada a muitos casos de morte súbita de bebês durante o sono.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Teste de Esforço


O que é um Teste de Esforço (Ergométrico)?

Um teste de esforço registra a atividade elétrica do coração, em um eletrocardiograma, ao mesmo tempo em que se mede a pressão arterial e enquanto o paciente caminha em uma esteira rolante ou pedala em uma bicicleta ergométrica.
Um eletrocardiograma (ECG) é um exame que registra a atividade elétrica do coração.
Este tipo de exame é usado tanto para o diagnóstico das doenças cardíacas e hipertensão arterial aos esforços, como para avaliar a eficácia de tratamentos para as doenças cardíacas.

O teste de esforço é realizado quando se suspeita da presença de alguns tipos de doenças cardiovasculares. A mais comum das doenças, para qual este teste é usado, são as doenças das artérias coronárias, situação na qual, os vasos sanguíneos, que levam o sangue, oxigênio e nutrientes ao coração, se apresentam com estreitamentos e oclusões. As artérias coronárias podem se estreitar ou se ocluir quando são depositadas substâncias como o colesterol ou quando ocorre a formação de coágulos, que se prendem nas paredes das artérias.

Muitas pessoas, com obstruções das artérias coronárias, são assintomáticas durante o repouso; entretanto, quando os indivíduos são submetidos a exercícios físicos, um maior esforço passa a ser exigido do coração, e os sintomas podem surgir. O teste de esforço pode mostrar alterações no eletrocardiograma, que surgem quando o coração é submetido a uma maior carga de trabalho, alterações estas que não estão aparentes com o paciente em repouso.

Indicações

Um Teste de Esforço é realizado para:

Avaliar situações de dor torácica não explicada, para determinar sua causa, quando se suspeita de doença das artérias coronárias.

Determinar a capacidade do coração para tolerar exercícios, em pessoas com doença cardíaca conhecida, ou naqueles que tiveram um ataque cardíaco ou cirurgia cardíaca.

Identificar ritmos cardíacos anormais, quando sintomas como vertigem, desmaios ou palpitações acontecerem durante exercícios ou atividade física.

Para fazer uma pesquisa de ocorrência de doença das artérias coronárias, em uma pessoa sem sintomas, especialmente se a pessoa tem fatores de risco (como tabagismo, colesterol alto, hipertensão arterial, diabetes, ou uma história familiar de doença cardíaca em uma idade jovem).

Depois de angioplastia ou cirurgia de revascularização do miocárdio (ponte de safena), para avaliar recorrência da doença.

Avaliar a efetividade de certos medicamentos ou outra terapia para batimentos cardíacos irregulares (arritmias) ou dor torácica de origem cardíaca (angina).

O teste ergométrico com MIBI (ou cintilografia de perfusão miocárdica com esforço e repouso), é um teste ergométrico que além disto inclui a injeção de um traçador radioisotópico (geralmente o MIBI) na veia, na hora em que se atinge o máximo do esforço. Depois do exercício, a pessoa deita-se em uma maca e são tiradas fotografias com uma câmara especial que vê como o traçador se distribuiu no músculo do coração. Se uma área do coração não recebe a quantidade normal de sangue, haverá um defeito na imagem produzida, porque o traçador não chegou nesta área. As fotografias feitas após o exercício são comparadas às fotografias feitas em repouso.

O fluxo sanguíneo que é normal durante o repouso, mas anormal durante o exercício (um defeito de perfusão) é uma indicação de que o coração não está recebendo sangue suficiente. Para algumas pessoas o teste ergométrico com MIBI é mais preciso do que o teste ergométrico simples. A cintilografia de perfusão miocárdica é um exame não invasivo e não tem outros riscos além daqueles de um teste ergométrico. O isótopo radioativo injetado para o estudo produz menos radiação que procedimentos que usam raios-X como cateterismo cardíaco ou urografia excretora e também não produz alergias.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Câmara Hiperbárica - Informações Básicas


A origem da medicina hiperbárica relaciona-se com a exploração do ambiente subaquático.

Historicamente, ocorreram progressivas tentativas de superar as limitações do meio aquático, com o uso de equipamentos que permitissem aumentar o tempo de imersão ou profundidade atingida.

O uso de equipamentos individuais de mergulho, já era assinalado pelos fenícios no século IX a.C.. Os sinos de mergulho foram relatados por Aristóteles em 325 a.C.. Em 1662 Henshaw descreveu o sino de imersão, com sistema de ventilação a fole.

Informações sobre trajes de mergulho, com provisão de ar vinda da superfície, facultando submersão de maior permanência, datam do século XVII.

No século XIX, com o desenvolvimento de equipamentos individuais de mergulho eficientes e uso de tubulões pneumáticos em obras de construção de pontes e minas, foram delineados o potencial e limitações na exposição do homem ao ambiente subaquático ou pressurizado.

Devido a patologias relacionadas com ambiente subaquático ou pressurizado, tornou-se necessária a intervenção de médicos e pesquisadores. É marco histórico, o trabalho do fisiologista francês Paul Bert, que em 1876 publicou a obra "A Pressão Barométrica", origem da fisiologia hiperbárica e base da medicina hiperbárica moderna.

O trabalho de Paul Bert criou a área médica dedicada ao estudo das alterações fisiológicas e metabólicas do organismo exposto a pressões superiores à pressão atmosférica e sistematizou a oxigenoterapia hiperbárica, utilizando a inalação de oxigênio puro em ambiente pressurizado.

O cirurgião holandês Ite Boerema, na década de 1960, publicou artigo sobre o uso sistemático da oxigenoterapia hiperbárica no meio hospitalar.

O Professor Álvaro Ozório de Almeida (1882-1952), brasileiro, é considerado pioneiro mundial do uso da hiperóxia hiperbárica, tendo realizado na década de 1930 trabalhos clínicos e experimentais, sobre a aplicação da oxigenoterapia hiperbárica na gangrena gasosa e lepra lepromatosa.

A medicina hiperbárica está subdividida em duas áreas. Uma delas é dedicada à atividade profissional e saúde ocupacional de mergulhadores (mergulho de
saturação), aeronautas e trabalhadores sob ar-comprimido, portanto ligada à medicina do trabalho.

A outra área da medicina hiperbárica está voltada à aplicação clínica da oxigenoterapia hiperbárica em ambiente hospitalar. Seu desafio é a pesquisa e sistematização de protocolos que demonstrem, com rigor científico, o potencial clínico dessa terapêutica.

Não se caracteriza como oxigenoterapia hiperbárica (OHB) a inalação de oxigênio a 100% na respiração espontânea ou por meio de respiradores mecânicos na pressão ambiente. Da mesma forma, o tratamento utilizando bolsas ou tendas, ainda que pressurizadas, não pode ser considerado terapia hiperbárica, estando o assistido em pressão ambiente.

No procedimento da OHB o cliente deve estar no interior da câmara hiperbárica pressurizada.

As câmaras de OHB podem ser monocliente ou multiclientes.

A câmara multicliente comporta, de forma simultânea, várias pessoas, inclusive o médico e/ou enfermeiro especializado. O mecanismo de pressurização e despressurização é realizado com ar comprimido e o oxigênio a 100% é inspirado por meio de máscara ou capuz especial.

As câmaras monoclientes permitem a acomodação de apenas um cliente, é pressurizada pelo oxigênio puro, não havendo necessidade de dispositivos especiais para a inspiração do O2.

Há limites pré-estabelecidos de exposição à OHB, referentes ao nível de pressão e período de permanência no interior da câmara, pois poderão ocorrer efeitos colaterais indesejáveis, envolvendo determinadas regiões e órgãos do corpo.

Antes de iniciar a oxigenoterapia hiperbárica, o cliente deverá ser submetido à anamnese e exame clínico completo, com particular atenção aos pulmões e membrana timpânica.

O paciente deverá ser informado sobre todas as medidas de segurança, tais como: utilização de vestimenta adequada (antifogo) e espoliar-se de qualquer objeto de uso pessoal que possa originar fagulha elétrica, pois o oxigênio é altamente inflamável.


segue na próxima postagem...

sábado, 16 de fevereiro de 2008

AMBLIOPIA


É uma diminuição da acuidade visual (visão) uni ou bilateral, onde não se encontra lesão ocular ao exame oftalmológico, que aparece em decorrência de obstáculos ao desenvolvimento da visão.

Acontece dentro dos seis primeiros anos de vida e é reversível quando tratada em tempo hábil. As causas mais freqüentes são: estrabismo ("vesgo") e erro de refração (altos graus ou diferenças importantes de grau entre os olhos).

Os dois primeiros anos de vida são os de maior plasticidade sensorial, isto é, dentro desse período a criança rapidamente perde visão quando surge algum problema, bem como recupera prontamente com o tratamento. Também as chances de recidivas da queda de visão são menores quando o tratamento é feito nesse período.

Como estrabismos de pequeno ângulo bem como diferenças de grau podem passar desapercebidas aos pais e ao médico não especialista, a prevenção da ambliopia definitiva está no exame oftalmológico de todas as crianças antes dos dois anos de idade.

O tratamento clássico da ambliopia é a oclusão do olho de melhor visão, sendo que as ambliopias não tratadas até seis anos de idade são consideradas irreversíveis. O tempo de oclusão depende da intensidade e da idade do paciente. Estudos experimentais, empregando levodopa e oclusão tem mostrado resultados promissores na melhorara da acuidade visual em determinados pacientes com ambliopias consideradas irreversíveis.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Artroscopia do joelho


Definição:
Cirurgia para examinar ou reparar tecidos internos da articulação do joelho com auxílio de um visualizador especial (artroscópio).

Descrição:
A cirurgia artroscópica do joelho (visualização da articulação do joelho) é um dos procedimentos ortopédicos mais comuns hoje em dia. Com o paciente sob anestesia geral ou sonolento (sedado), ou sob anestesia regional ou espinal, são feitas diversas pequenas perfurações na articulação do joelho. O artroscópio e outros instrumentos são inseridos na articulação do joelho. Com o artroscópio, o cirurgião pode ver os ligamentos, os discos do joelho (meniscos), o osso do joelho (patela), o revestimento da articulação (sinóvio) e toda a articulação. Os tecidos lesionados podem ser removidos. A artroscopia ajuda também a visualizar o interior do joelho enquanto os ligamentos e tendões são corrigidos externamente.

A maioria das cirurgias artroscópicas é ambulatorial, sem necessidade de internação.

Indicações:
A artroscopia pode ser recomendada para os seguintes problemas no joelho:

lesão de um disco do joelho (menisco)
lesão do osso do joelho (patela)
lesão de ligamento
inflamação ou lesão do revestimento da articulação (sinóvia)

fonte: adam.com

Síndrome de West


Esta síndrome é um tipo raro de epilepsia, chamada de "epilepsia mioclónica". Inicia-se normalmente no primeiro ano de vida, sendo o sexo masculino mais afetado.
A síndrome de West é diagnosticada através de sinais clínicos e eletroencefalográficos: atraso no desenvolvimento, espasmos físicos e traçado eletroencefalográfico com padrão de hipsarritmia.

As características principais de um registro de EEG com hipsarritmia são:
• Desorganização marcante e constante da atividade basal;
• Elevada amplitude dos potenciais;
• Ondas lentas delta irregulares de voltagem muito elevada;
• Períodos, habitualmente breves, de poli ondas e polipontas-onda;
• Períodos de atenuação da voltagem que, em alguns casos, parece chegar ao "silêncio" elétrico.

No quadro clínico consta-se o atraso no desenvolvimento e espasmos infantis. Os espasmos são diferentes para cada criança. Podem ser tão leves no início que não são notados ou pode-se pensar que são cólicas. Estes espasmos são traduzidos com características de flexão súbita da cabeça, com afastamento dos membros superiores e flexão da pernas, é comum o paciente soltar um grito por ocasião do espasmo. A crise dura alguns segundos. Normalmente estas crise ocorrem durante a vigília, podendo chegar até a centena ou mais por dia.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Notícias sobre Ritalina no exterior!

THE DOUGLASS REPORT (O RELATÓRIO DOUGLASS)
Notícias verdadeiras de Saúde do mais notório caçador de mitos da Medicina
Vol.6 nº12

Caro amigo,
Não é segredo. Drogas usadas para tratar distúrbio de hiperatividade com déficit de atenção (ADHD) não são meramente perigosos, são totalmente mortais. Mais e mais crianças estão morrendo de ataque cardíaco e outras doenças relacionadas ao coração, e mais e mais pais estão culpando os medicamentos psicotrópicos utilizados para tratar o suposto ADHD de seus filhos.

Eu lhes digo, se alguma coisa não for feita rapidamente para fechar o cartel dos medicamentos para ADHD, milhares de outras crianças estão destinadas a perder suas vidas , ou pelo menos a tê-las gravemente alteradas porque os grande farmacêuticos decidiram capitalizar sobre o comportamento de crianças normais e pais ausentes.

Balas recebidas de um médico: pirulitos de cocaína e gomas de mascar de morfina...

As crianças estão sendo alimentadas com medicamentos legais, estimulantes que viciam, drogas que se você não sabe, são classificadas como drogas estimulantes de Esquema II, exatamente a mesma classificação da morfina, cocaína, bem como outros narcóticos e anfetaminas.

Surpreso? Não deveria estar, não quando você considera seus bem documentados efeitos colaterais. Esta lista deveria preocupá-lo, você sabe que pais usam tais medicamentos com crianças. Não utilizarei seis páginas para descrever os efeitos colaterais mortais, mas mencionarei alguns dos mais sérios. Dê uma olhada: ataques cardíacos, problemas de crescimento, disfunções no sangue, e psicose. (Está bem, estamos falando de uma disfunção mental grave que tem como conseqüência alucinações e delírios).

O Dr. Travis Thompson (PhD) da Universidade de Minnesota e Klaus R. Unna, MD da Universidade de Illinois relataram que “talvez o mais conhecido efeito da administração de estimulantes crônicos seja a psicose. A psicose tem sido associada com use crônico de vários estimulantes, por exemplo, anfetaminas, metilfenidato, fenmetrazina, e cocaína”.

Fica pior ainda. Crianças que estão tomando ou tomaram medicamentos para TDAH têm um risco maior de cometer suicídio.

Antes de ir adiante, há uma coisa que deveria provavelmente dizer-lhe. A maior parte da informação que encontrei sobre os horrores causados por estes medicamentos foi a partir de um trabalho escrito por Dennis H. Clarke, presidente do grupo de Cientologia chamado A Comissão do Cidadão sobre Direitos Humanos. ( o título do trabalho é “Como a Psiquiatria está tornando viçados em drogas asa crianças das Escolas da América”).

Então, tenho certeza que você concordará que os adeptos da Cientologia já são meio doidos. Não ponho muita fé em qualquer organização que acredita em confederações galácticas, e paga pesadas taxas para comprá-las... Mas, preocupado em não ignorar totalmente seus ideais, há uma parte da missão da Cientologia que eu aprecio e apoio de todo coração: a luta contra os abusos da Psiquiatria e Psicologia.

Lembra o ataque veemente de Tom Cruise contra Brooke Shields por tomar o medicamento Praxil para sua depressão pós-parto? Não necessariamente concordo com sua abordagem, mas eu concordo sim com a mensagem, qualquer medicamento que altera a química de sua mente deveria ser evitado como se fosse uma praga. Não há fim no dano em potencial que pode fazer. E quando falamos de crianças que tomam medicamentos para TDAH, os efeitos podem ser especialmente devastadores.

Até a Associação Psiquiátrica Americana admite que o suicídio é a maior reação adversa de supressão dessas drogas. Clarke relata que “os sintomas normalmente desaparecem de dois a quatro dias após a supressão do medicamento, embora a irritabilidade e depressão possam persistir por meses. Os riscos de suicídio podem persistir por anos. Estudos têm mostrado que aproximadamente 15 por cento das crianças que tomam medicamentos para TDAH ameaçarão, tentarão ou realmente cometerão suicídio mais ou menos aos 18 anos de idade”. Ele continua explicando que muitos psiquiatras culpam os efeitos da supressão a “doença mental pré-existente(subjacente) que vem a tona”. Que horror! Esses tratamentos estão matando nossas crianças! Como se atrevem a culpar os genes dos pais ou da criança!

Mas, mesmo as crianças que têm a sorte de escapar desses “efeitos colaterais” ainda se confrontam com grandes riscos de abuso de drogas e um estilo de vida criminal.

Quer especificações? Aqui está o verdadeiro pesadelo a respeito do que quero chamar de Rei da Velocidade (estudo mencionado no trabalho de Clarke que é do Instituo Nacional de Saúde Mental).

(veja quadro no final da tradução)

46 % das crianças criadas com essas drogas, até completar os 18 anos são culpados por pelo menos um crime ou delito grave

30 % são culpados de dois ou mais crimes ou delitos graves até completar 18 anos

25 % dessas crianças são trancados em instituições psiquiátricas ou prisões até completar 18 anos (lembre que a psicose é um efeito colateral conhecido)

15 % ameaçarão, atentarão, ou realmente cometerão suicídio até os 18 anos de idade.

Susan Schenk, uma psicofarmacologista da Universidade A&M de Texas, liderou um estudo de 5000 crianças com TDAH da adolescência até a idade adulta e concluiu que as crianças tratadas com medicamentos contra TDAH têm três vezes mais probabilidade de desenvolver o gosto por cocaína.

Quando você coloca o assunto dessa forma, torna-se dolorosamente obvio por que as crianças experimentam tais efeitos drásticos de supressão desses medicamentos. Imagine forçar a alimentação de uma criança com cocaína, inúmeras vezes por dia durante anos, tentar tirar o hábito de ingerir a droga, e depois culpar os inevitáveis efeitos de supressão numa doença mental subjacente! Sim, sei, é um absurdo. Este é o meu ponto.

Esta é sua mente com drogas...

Os farmacêuticos dizem que não há estudos que mostrem que os medicamentos para TDAH são seguros ou não seguros para uso por um longo período. Tenho duas coisas para dizer sobre isto. Primeiro, se eles realmente não têm idéia se é seguro tomar esses medicamentos por um longo período de tempo, POR QUE estão ministrando esses medicamentos as crianças por anos e anos?

Mas, além disso, estudos sobre uso em longo prazo TÊM sido feitos sobre os medicamentos. Eles não estão lhe falando sobre eles porque nenhum desses estudos saíram como queriam.

A Dra. Joan Baizer, professora de Psicologia e Biofísica da Universidade de Buffalo, liderou um estudo sobre mudanças no cérebro devidas a metilfenidato, o nome genérico para uma quantidade de medicamentos para TDAH. “Clínicos o consideram (metilfenidato) de atuação curta”, disse ela, “Quando a dosagem ativa encontrou seu caminho no sistema, eles consideram que está totalmente eliminado. Nossa pesquisa com expressão dos genes num modelo animal sugere que tem o potencial de causar mudanças em longo prazo na estrutura e funcionamentos das células cerebrais”. Igual ao uso por longo prazo de qualquer droga estimulante Esquema II.

Muitos pais e professores pensam que os medicamentos são necessários para que as crianças aprendam e tenham êxito na escola. Na verdade, total ignorância. E neste caso, ignorância é mera tranqüilidade.

As mentiras contadas a pais sobre os medicamentos para TDAH são ultrajantes e criminosas. Eles entram em pânico acreditando que seus filhos são mentalmente doentes e que precisam tratamento o mais cedo possível para evitar uma vida de crime, vício e morte prematura.

Apesar de todas as evidências, esta droga tem sobrevivido (embora muitas de suas vítimas jovens não tenham) somente porque os critérios para fazer o diagnóstico da disfunção de desordem de atenção são vagos e são rótulos não científicos criados por filhos adotados pela Medicina, os bruxos da Psiquiatria.

Se os pais soubessem os “verdadeiros” critérios que incluem a assim chamada disfunção mental, e se eles soubessem os fatos a respeito do medicamento, haveria uma rebelião verdadeira (completa) e milhões de processos judiciais. O resultado seria a morte das drogas para TDAH e, com sorte, a morte profissional de todos os psiquiatras envolvidos neste crime em massa cometido contra nossas crianças.

Tudo a respeito desta disfunção é contraditório. Eles dizem que é uma disfunção neurológica do cérebro, o que justifica o uso dos medicamentos estimulantes para tratá-la. Porém, as únicas pessoas qualificadas para diagnosticar e tratar tal disfunção, os neurologistas, raramente, se é que alguma vez, são chamados para diagnosticar crianças com suspeita de TDAH. Ai invés disso, os professores da escola sugerem o diagnóstico e enviam as desafortunadas crianças a psiquiatras, pessoas responsáveis por problemas emocionais e de comportamento, para confirmar o diagnóstico e dar a receita.

Se o TDAH é uma verdadeiramente doença neurológica, o mundo médico quer que você pense assim, as pessoas que diagnosticam seus filhos são as menos qualificadas para fazê-lo. E deixa a mostra seu drástico erro de diagnóstico da doença.

Baughman disse, “Durante os anos oitenta e noventa, eu testemunhei a explosão de uma epidemia de TDAH. Assim como era meu dever para com cada paciente diagnosticar doenças existentes, igualmente era meu dever esclarecer-lhes que não tinham nenhuma doença quando era o caso, quando nenhuma anormalidade podia ser encontrada. Esse era o caso com cada criança e adulto em referência ao diagnóstico de TDAH...

“Nem podia encontrar confirmação para TDAH em livros médico-científicos ... Em 40 anos de pesquisa pseudo-científica, a psiquiatria biológica tem ainda que confirmar uma única condição ou diagnóstico psiquiátrico como uma anormalidade/doença, ou como qualquer coisa “neurológica”, “biológica”, “quimicamente descompensado” ou “genético””.

Indústrias farmacêuticas devem ser criminalmente denunciadas por veicular propaganda com a falsa mensagem de uma descompensação química entre nossas crianças. Que descompensação química provaram que existia? Nenhuma. Exceto Dexedrine, estudos mostraram que elas conduzem a retração cerebral. Retração cerebral!! Um dos estudos, publicado em 1986 em Pesquisa Psiquiátrica, mostrou que homens adultos jovens que tomaram o medicamento metilfenidato por um período de tempo realmente têm leve atrofia cerebral (conhecido como retração cerebral).

Dez anos mais tarde, outro estudo, este publicado em Arquivos de Psiquiatria Geral, descobriu que “sujeitos com TDAH tinham 4,7% menor volume total do cérebro”. 93 % dos sujeitos (53 de 57) foram tratados com psico-estimulantes.

Em 1998, na Sociedade Americana de Psicologia Adolescente, um psicólogo chamado James Swanson fez um relatório sobre uma pesquisa que mostrava atrofia do cérebro em crianças com ADHD. Interessante, a atrofia do cérebro não apareceu nos controles. Só posso presumir que por “controles” queira dizer crianças não “diagnosticadas” com TDAH e que não tomam nenhuma droga de metilfenidato.

Claro, houve redução sim. Mas, nada tem a ver com o TDAH e tudo a ver com a droga. Quando o neurologista Dr. Fred Baughman, questionou Swanson sobre este ponto, Swanson de forma relutante admitiu que 93% dos sujeitos estudados estiveram sob tratamento crônico de estimulantes.

Com esta pesquisa, Swanson e seus colegas têm comprovado que o metilfenidato é um produtor de doença e cura para nada. O Dr. Baughman disse, “Ao invés de confirmar a atrofia do cérebro em decorrência do ADHD... nós temos forte evidência de que foi a terapia estimulante (metilfenidato, anfetamina) que causou a atrofia do cérebro”.

Clarom esta confirmação foi convenientemente deixada de fora da palestra de Swanson e também faltou em sua revisão desta pesquisa em um artigo da Lancet de fevereiro de 1998. Admitir isto seria dar um tiro no pé, bem como dar um tiro sério senão fatal na direção da máquina de dinheiro da grande organização farmacêutica do metilfenidato.

Eis aqui uma idéia novelesca: associações médicas estatais deveriam introduzir em seus códigos legais uma lei que requer que todos os pacientes colocados em contato com medicamentos para TDAH façam um escaneamento cerebral antes de iniciar o tratamento. O trágico resultado, a redução cerebral, provaria de uma vez por todas, que os psiquiatras têm agredido e matado suas crianças durante décadas. Seria difícil trapacear um teste como este. Os radiologistas são geralmente neutros nestes assuntos médicos. Além disso, eles são obcecados com precisão em seus relatórios. Como eles deveriam ser.

Coloque um ponto final a caça psiquiátrica as bruxas...

Como chegou a este ponto ruim? Que pai permitiria ao seu filho que ingerisse uma substância que altera a mente e abala a vida? E não somente permitir que seu filho o faça, mas praticamente forçá-lo a fazer?A deficiência Ritalina ou Adderall é uma doença recentemente descoberta.

Se quiser saber minha opinião, o estudo como um todo é incrivelmente medieval. Faz-me lembrar da caça as bruxas do século XVII. Para determinar se uma mulher era uma bruxa os acusadores atavam uma pedra grande no seu pé e a jogavam num lago. Se ela sobrevivesse ao teste, era declarada culpada. E se ela não sobrevivesse bom....

Os caçadores de bruxas psiquiátricas de hoje acreditam que se a criança se torna adequadamente maleável e de cérebro entorpecido, o medicamento está surtindo efeito. Mas, se ele mata seus pais, então, o medicamento apenas fez aflorar “uma psicopatologia subjacente”, e que de qualquer forma teria acontecido. É uma situação de ganhar e ganhar para os fabricantes de medicamentos. Bastante conveniente, se quiser saber minha opinião.

Pense de fora: alternativas ao Rei da velocidade...

Se você tem filhos ou netos no primeiro ano fundamental ou mais adiante, eles estão em grande perigo por causa das autoridades de saúde do sistema escolar. Estas enfermeiras, assistentes sociais, professores, psicólogos, psiquiatras, etc. são, em geral, fanáticos por dopar seu filho. Não se surpreenda: torna o trabalho de cada um mais fácil subverter a hiperatividade das crianças usando drogas.

Não estou negando que muitos, senão a maioria, das crianças de hoje são hiperativas com muito pouca concentração, isto é suficiente para conduzir qualquer professor médio as portas da insanidade. Mas, pode você verdadeiramente culpar as crianças? Quando sua dieta consiste principalmente em estimulantes doces (refrigerantes, balas, lanches, faça sua lista). É natural que escalem as paredes e sejam incapazes de concentrar-se. E se você acrescenta isso a falta de disciplina criada por pais inseguros que apenas desejam ser “amigos” de seus filhos, os professores não parecem ser tão ruins só por querer trilhar o caminho mais fácil. Contudo, não estou eximindo-os da responsabilidade.

A maioria dos problemas dessas crianças impetuosas e agressivas (normalmente meninos) pode ser resolvida pela modificação da dieta. Se você é um leitor assíduo do O Relatório Douglass, não precisa de explicação sobre isto. Se você não é um leitor assíduo vou resumir numa frase: elimine todo o açúcar e o amido, refrigerantes como Coca e Pepsi, e bebidas diet, e alimente seus filhos e netos com uma dieta de gordura animal e proteínas. Se isto não for suficientemente específico para você, leia Tradições de Nutrição de Sally Fallon da Fundação Weston A Price. (pode fazer a assinatura através do site www.westonaprice.org)

Para dar uma olhada mais detalhada sobre como você e seus filhos estão em apuros, verifique os seguintes links:

www.adhdfraud.org
www.RitalinDeath.org
www.DrugFree.org

Você deve isso ao seu filho e a crianças em todo lugar, um estudo mais aprofundado da realidade desta agressão as crianças. Se olhar as fotos de muitas dessas crianças doentes, não faz você reagir, não sei o que fará.

Por último, mostre este artigo aos seus filhos e encoraje-os a pelo menos pensar nas alternativas.

Coloque um freio ao abuso já disseminado da droga OTC...

Até o momento, já deveria ser obvio para você que é muito perigoso para as crianças tomar até a dose prescrita de um medicamento para TDAH. Mas, não acaba ali. Um número crescente de crianças estão abusando de suas prescrições, ou estão espalhando-as àqueles que desejam com fervor trocar seu dinheiro para almoço para obter um. Nestes dias, adolescentes e pré-adolescentes ao redor do país estão ingerindo metilfenidato em pó e Adderol efervescente como Altoids para ficar acordados até tarde e estudar para uma prova ou para parar de comer por períodos longos o suficiente para poder entrar nas roupas da formatura.

Eu posso até imaginar o processo de seus pensamentos: Minha mãe me deu. Não pode ser tão ruim.

A partir daí, é um pequeno degrau para intencionalmente abusarem de outras prescrições e de medicamentos comprados no balcão para ficar ligados. De fato, a Sociedade para uma América sem drogas (PDFA) relata que este é agora “um comportamento ilegal” na população jovem de hoje. Dizem que aproximadamente 1 em 5 jovens (19 % que totaliza 4,5 milhões) relata o uso abusivo de medicamentos prescritos ( seja as drogas fortes de TDAH em questão ou contra a dor como Vicodin ou Oxycontin) para ficar ligados., e 1 em 10 ( isso é aproximadamente 2,4 milhões) relatam abusar de medicamentos para tosse para ficar ligados. Estas estatísticas são até mais altas daquelas de abuso de ecstasy, cocaína, crack, e metilfenidato combinados.

“Este estudo deixada de lado qualquer dúvida de que o abuso intencional de medicamentos entre jovens é um assunto real que ameaça a saúde e bem-estar das famílias americanas”, disse Steve Pasierb, presidente e máximo executivo da sociedade. (Este relatório não tem referências e se acredita que seja uma nota a imprensa da Sociedade para uma América sem Drogas).

A ignorância chocante entre os jovens sobre os perigos destas drogas facilmente a disposição e baratas, revela a ignorância dos pais, a indiferença das escolas estaduais, a Agência de Proteção Ambiental, o Oficial Médico Militar (quem não é mais que o porta-voz do presidente) e os centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDCP). É alarmante, para dizer o mínimo.

Estas estatísticas dadas pela PDFA falam por si:

2 de cada 5 jovens ( 40 % ou 9,4 milhões) concordam que medicamentos para Raio X, mesmo se não prescritos pelo médico, são “mais seguros” para usar do que drogas ilegais;

Aproximadamente um terço dos jovens (31% ou 7,3 milhões) acreditam que não há “nada de errado” em usar medicamentos para Raio X sem prescrição “ uma vez cada tanto”;

Aproximadamente 3 de cada 10 jovens (29% ou 6,8 milhões) acreditam prescrever medicamentos para dor, mesmo que prescritos por médicos , não viciam;mais da metade dos jovens ( 55% ou 13 milhões) não concordam que o uso de medicamentos para tosse para ficar ligados é arriscado”.

É obvio que os jovens de hoje têm um falso sentido de segurança em se tratando de abuso de prescrição e drogas OTC. A boa noticia é que por causa do enorme esforço do PDFA, há uma tendência de queda no abuso destes compostos perigosos. Tiveram a inteligente idéia de informar os pais para que eles possam esclarecer os filhos. Isto é independência de ação no seu ápice (uma boa mudança de caminho, desde que nós sabemos a ação do governo é contraproducente).

Apóie a Sociedade para uma América livre de drogas (PDFA) com seu tempo e dinheiro. Eu apoio, e acredito que você não pode fazer melhor investimento.

Soando o alarme (novamente)

Dr. William Campbell Douglass II

(Quadro II na próxima página)

QUADRO I

THE DOUGLASS REPORT (O RELATÓRIO DOUGLASS)
Notícias verdadeiras de Saúde do mais notório caçador de mitos da Medicina

Editor – Dr. William Campbell Douglass II
Editor (publisher) – Dennis J. Sullivan
Gerente de Edição – Laurie L. Mathena
Editor de Copia – Ken Danz
Diagramador – Ramsey Brisueño
Especialista em Serviço ao Cliente – Tim Ford

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Epidemia de Obesidade Infantil


A epidemia mundial de obesidade infantil está avançando em taxa alarmante. Fatores de risco para doença coronariana já são identificáveis em crianças sobrepeso. A gravidade dos efeitos em longo prazo de peso excessivo na infância em relação à doença coronariana, todavia, permanece desconhecida.

Pesquisadores publicaram, recentemente, no The New England Journal of Medicine, um estudo em que investigaram a associação entre o índice de massa corpórea (IMC) em pacientes pediátricos (dos sete aos 13 anos de idade) e doença coronariana na idade adulta (25 anos de idade ou mais), com e sem ajustamento para peso ao nascimento. Os pacientes pertenciam a uma coorte de 276.835 crianças dinamarquesas em idade escolar, dos quais medidas de peso e altura eram disponíveis. Eventos coronarianos foram confirmados através de cruzamento com os registros nacionais. Análises de regressão de Cox foram realizadas.

Em 5.063.622 pessoas-ano de acompanhamento, 10.235 pacientes masculinos e 4.318 pacientes femininas, para os quais dados sobre o IMC na infância estavam disponíveis, receberam diagnóstico de doença coronariana ou faleceram de doença coronariana quando adultos. O risco de qualquer evento coronariano, evento não fatal e evento fatal entre adultos foi positivamente correlacionado ao IMC entre os sete e 13 anos de idade para pacientes masculinos e entre 10 e 13 anos de idade para pacientes femininas. As associações foram lineares para cada idade, sendo que o risco aumentou ao longo de toda a distribuição de IMC. Além disso, o risco aumentou com o aumento da idade dos pacientes pediátricos. Ajustamento para peso ao nascimento fortaleceu os resultados.

Portanto, os pesquisadores concluíram que índice de massa corpórea maior durante a infância está associado a risco aumentado de doença coronariana na idade adulta. As associações foram mais significativas para pacientes masculinos e aumentou com o aumento da idade em ambos os sexos. Os resultados deste estudo sugerem que conforme os pacientes pediátricos tornam-se mais obesos em todo o mundo, um número maior de pacientes está sob risco de ter doença coronariana na idade adulta.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Febre amarela


ADIB D. JATENE

A corrida pela vacina por pessoas que não precisam dela reduz a disponibilidade para os que efetivamente têm necessidade.

NO PERÍODO em que estive à frente do Ministério da Saúde, tomei conhecimento da importância da relação entre dengue e febre amarela silvestre e o eventual risco da reurbanização desta última.
Desde 1942, não ocorreu nenhum caso de febre amarela urbana. Entretanto, persiste, e é impossível eliminar, sua forma silvestre.
É por essa razão que o Ministério da Saúde vem vacinando sistematicamente toda a população das áreas de risco, onde há ocorrência de casos humanos, adquiridos sempre nas áreas de mata. Já vacinamos, nos últimos 12 anos, mais de 60 milhões de pessoas.
Nas matas, existe alta concentração de mosquito transmissor e animais, principalmente macacos, portadores do vírus. Daí o risco de pessoas não vacinadas incursionarem em regiões com alta concentração de mosquito, onde alguns estão contaminados e, por isso, são capazes de transmitir a doença. Assinale-se que, nos últimos 12 anos, tivemos 349 casos confirmados, com 161 óbitos, todos adquiridos por pessoas não vacinadas que freqüentaram áreas de mata.
A incidência desses casos variou de ano a ano. Tivemos anos com apenas três casos, enquanto em outros, como 1999, 2000 e 2003, ocorreram, respectivamente, 76, 85 e 64 casos, com mortes de 29, 40 e 23 pacientes.
Por que com essas três centenas e meia de casos, em doze anos, não tivemos transmissão urbana, já que, nas cidades, existe o Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela?

As razões são três: em primeiro lugar, o número de doentes com febre amarela silvestre no mesmo espaço urbano e ao mesmo tempo é muito pequeno, o que reduz significativamente a chance de infectar o mosquito Aedes aegypti; em segundo lugar, é preciso alta concentração de mosquito, ao redor de 40% de infestação, o que corresponde a 40 habitações em cada 100 com a presença do mosquito, segundo a OMS, para que seja possível a transmissão da febre amarela; e em terceiro lugar, porque temos altos índices de cobertura vacinal na área endêmica, portanto, sem susceptíveis em número suficiente para sustentar uma transmissão.
A concentração do Aedes aegypti nas cidades brasileiras onde ocorre a dengue não ultrapassa, em média, 5 domicílios infestados em cada 100, suficiente para transmitir a dengue devido ao número alto de doentes, mas absolutamente insuficiente para transmitir a febre amarela urbana.
Os que retornam às cidades afetados pela febre amarela silvestre são hospitalizados e têm desenlace, seja para cura, seja para óbito, em prazo relativamente curto.
Não há, portanto, nenhuma razão para vacinar as pessoas que não residem em área endêmica nem pretendem adentrar a mata dessas áreas.
Vi na televisão pessoas que sempre residiram na cidade de São Paulo e que não pretendem viajar desesperadas, em filas para se vacinarem, alegando que tinham direito. Certamente não tinham necessidade e se expõem aos efeitos adversos de uma vacina com vírus vivo.
Nos últimos quatro anos, foram registrados pelo sistema de informação de efeitos adversos pós-vacinação 478 casos (muito mais que os 349 casos de febre amarela registrados em 12 anos), desde reações simples até exantemas generalizados, febre alta e, em dois casos, meningite.
Em relação à vacina contra a febre amarela, a Fiocruz é, praticamente, a única produtora em todo o mundo.
Há só um outro laboratório privado no exterior, produzindo cerca de 5 milhões de doses por ano, enquanto a produção da Fiocruz é o dobro.
A corrida pela vacina por pessoas que não precisam dela reduz sua disponibilidade para os que efetivamente têm necessidade.
Diante da imunização da quase totalidade da população de áreas de risco, o que vem sendo feita há décadas, as recomendações do Ministério da Saúde são suficientes, ratificadas por especialistas e pela própria OMS, para garantir que o país não corre risco de reintrodução de febre amarela urbana, o que seria catastrófico.
Em um país em que freqüentemente se busca desmoralizar iniciativas governamentais, disseminando desconfiança na palavra oficial, que se preserve a seriedade com que são tratados assuntos como a febre amarela.
Nunca é demais ressaltar a luta por recursos para o setor, seriamente afetada pela decisão -inegavelmente democrática, mas, sem dúvida, perversa- que permitiu retirar R$ 40 bilhões destinados a atender a população de baixa renda e entregá-los a empresas e parcelas da população mais bem aquinhoadas, causando sério risco ao esquema financeiro para o setor.

publicado na Folha de S. Paulo, em 22/01/2008

ADIB D. JATENE, 78, cardiologista, é professor emérito da Faculdade de Medicina da USP e diretor-geral do Hospital do Coração. Foi ministro da Saúde (governos Collor e FHC), secretário da Saúde do Estado de São Paulo (governo Maluf) e diretor do InCor